O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central esteve reunido desde a última terça-feira (1º) e definiu, nesta quarta-feira (02), cortar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, fazendo com que a Selic caia de 13,75% para 13,25% ao ano.
A redução está acima do corte de 0,25 ponto percentual que era esperado pela maioria dos agentes financeiros e também agrada ao governo federal, que tem cobrado uma diminuição maior dos juros.
A última decisão de redução na Selic foi na reunião de agosto de 2020, quando a autoridade monetária finalizou um ciclo de 9 reduções seguidas. Na época, flexibilizava a política monetária para estimular a economia no período de pandemia de covid-19.
Com a aceleração da inflação no Brasil e no mundo nos anos posteriores, o BC começou a subir novamente a Selic em março de 2021 e realizou o maior ciclo de altas do século 21. Elevou de 2% até 13,75% em agosto de 2022. Há 1 ano, os juros estavam no mesmo patamar, decisão considerada positiva pelos principais economistas do país.
Votos dos diretores
A decisão não fou unânime. Segundo nota divulgada pelo Copom, cinco diretores votaram a favor do corte de 0,5 ponto percentual. Quatro se manifestaram por uma redução de 0,25.
Votaram pela redução de 0,5 ponto percentual:
presidente Roberto Campos Neto (indicado por Jair Bolsonaro)
Ailton de Aquino Santos (indicado por Lula)
Carolina de Assis Barros (indicada por Temer)
Gabriel Galípolo (indicado por Lula)
Otávio Ribeiro Damaso (indicado por Dilma Rousseff)
Votaram por cortar a Selic para 13,50%:
Diogo Abry Guillen (indicado por Jair Bolsonaro)
Fernanda Magalhães Rumenos Guardado (indicada por Jair Bolsonaro)
Maurício Costa de Moura (indicado por Michel Temer)
Renato Dias de Brito Gomes (indicado por Jair Bolsonaro)