O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou cerca de R$ 8 milhões no cartão corporativo do governo federal nos sete primeiros meses de mandato. Corrigidos pela inflação até agosto deste ano, o valor foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo com base em dados do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Os extratos mostram que Lula ultrapassou os gastos do cartão presidencial de ex-presidentes, como Jair Bolsonaro (PL), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), durante o mesmo período.
Até julho, o cartão de Bolsonaro somou R$ 5,3 milhões, enquanto os extratos de Temer e Dilma foram R$ 3,8 milhões e R$ 4,9 milhões, respectivamente. Os valores também foram corrigidos pela inflação.
Segundo a Folha de S.Paulo, o petista tem gastado cerca de R$ 1 milhão, em média, por mês desde que assumiu o seu terceiro mandato presidencial.
O Palácio do Planalto divulgou, na noite desta segunda-feira (18), uma nota à imprensa explicando que a maior parte dessas despesas está relacionada às viagens que o presidente fez ao exterior. Durante seus oito primeiros meses no governo, Lula fez um total de 19 viagens.
"É importante salientar, novamente, que a maior parte dos quase R$ 8 milhões gastos em despesas realizadas com o cartão corporativo no exercício de 2023 refere-se a serviços de apoio de solo das aeronaves em viagens internacionais, resultado desse intenso trabalho em curso pela atual gestão para retomar as relações diplomáticas do Brasil com o mundo", diz um trecho da nota.
O CPGF foi criado em decreto por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2001. Segundo o Portal da Transparência, o cartão corporativo é previsto para:
- atender despesas de pequeno vulto (aquelas que não ultrapassem o limite estabelecido na Portaria MF nº 95/2002);
- atender despesas eventuais, como viagens e serviços especiais, que exijam pronto pagamento;
- executar gastos em caráter sigiloso....
Com informações do jornal Folha de S.Paulo e Poder360
