A Polícia Civil prendeu, na manhã desta sexta-feira (27), um agricultor de 40 anos suspeito de ter matado o pai e a madrasta e enterrado os corpos nos fundos da propriedade rural da família, na divisa entre os municípios de Porto União e Matos Costa, no Planalto Norte de Santa Catarina. Ivo Romano Lerner, de 63 anos, e Ana Rita Zanelle, de 68, estavam desaparecidos desde o último domingo (22).
Segundo a Polícia Civil, familiares que procuravam pelo casal encontraram os corpos a cerca de 400 metros da residência deles, uma propriedade rural no bairro São José do Maratá, na manhã de quinta-feira (26). Ainda conforme a corporação, os cadáveres estavam enrolados em lonas plásticas.
Os familiares relataram à polícia que realizavam buscas quando perceberam a terra mais fofa em uma área que estava sendo preparada para plantio. Eles estranharam o fato do filho do idoso, que mora a cerca de 150 metros da propriedade, estar arando o local, o que não seria normal para a época do ano.
A polícia foi acionada e uma equipe da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Porto União se deslocou até o local. Os familiares das vítimas entregaram para as autoridades uma espingarda calibre 36GA registrada em nome do homem suspeito e uma espingarda de pressão, que também seria dele.
A polícia diz que o suspeito foi ouvido pelos policiais na tarde de quinta, mas negou participação no crime. Ele afirmou que passou a noite de domingo com uma ex-namorada. No entanto, a mulher negou a informação prestada pelo agricultor. Ela disse que não o via desde a semana anterior.
Durante a investigação, os agentes da DIC descobriram que o suspeito tinha uma passagem comprada com destino a São Paulo para a noite de 26 de outubro. Os familiares também relataram que desconfiavam que o filho do idoso seria o autor dos homicídios, já que ele tinha algumas desavenças com o pai.
"Embora o laudo pericial do IML ainda não tenha sido entregue, informações preliminares dão conta de que o casal foi morto a tiros de arma de fogo de cano longo. Diante dos indícios, foi representado pela decretação da prisão preventiva do suspeito, o que, após manifestação favorável do Ministério Público, foi deferido pelo Poder Judiciário", informou a Polícia Civil em nota.
Agora, a Polícia aguarda o laudo pericial a fim de saber se a arma usada foi a mesma registrada em nome do suspeito. A investigação continua para total elucidação dos fatos e responsabilização dos envolvidos.