Equipes da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) deram início às coletas de amostras para a temporada 2023-2024 do Projeto Balneabilidade, que determina se um local está próprio ou impróprio para banho nas praias e nos balneários do Rio Grande do Sul. Serão monitorados 91 pontos, em 44 municípios gaúchos, durante 16 semanas, com apoio da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep).
A divulgação dos boletins começará na segunda quinzena de dezembro, junto com a Operação Verão do governo do Estado, e seguirá até março de 2024. A atualização será feita semanalmente no site e mídias sociais da Fepam, sempre às sextas-feiras. Também serão fixadas placas informativas nos pontos monitorados.
Na terça-feira (14), a Gerência Regional do Litoral Norte da Fepam percorreu as praias de Quintão a Torres para coletar a primeira leva de materiais para análise microbiológica pelo laboratório da fundação, em Porto Alegre. São 31 pontos de águas salgadas na região e um ponto adicional no Litoral Sul, em Cerrito.
Já a Corsan acompanhará 51 pontos no interior do Estado. São rios, lagoas, a Laguna dos Patos e praias do Litoral Médio e Litoral Sul. Também parceiro do projeto, o Sanep monitora a balneabilidade no município de Pelotas, sendo responsável pela coleta e análise em oito pontos, com participação da Fepam na etapa de divulgação.
Classificação
As coletas são realizadas semanalmente e atendem à definição das resoluções do Conama 274/2000 e 357/2005 (para cianobactérias). A partir da quinta semana de monitoramento, é possível determinar a condição de balneabilidade de cada ponto, ou seja, a capacidade do corpo hídrico de propiciar o banho recreativo e a prática de atividades esportivas.
A água é considerada imprópria para banho quando os parâmetros observados atingem os limites definidos pela legislação:
A Escherichia coli (E.coli) é uma bactéria naturalmente encontrada no intestino das pessoas e animais de sangue quente, sem que sejam percebidos sintomas. Sua presença em abundância na água indica contaminação por fezes, existindo, portanto, a possibilidade de haver, naquele local, micro-organismos intestinais capazes de provocar doenças. O monitoramento da E.coli é realizado em todos os pontos da balneabilidade.
As cianobactérias são microrganismos, também denominados de cianofíceas (algas azuis), que podem surgir em qualquer manancial superficial, especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo). São organismos potencialmente produtores de hepatotoxinas, neurotoxinas e dermatotoxinas, que podem levar a intoxicações agudas ou crônicas. O monitoramento das cianobactérias é feito nos balneários de Osório (Lagoa do Peixoto), Pelotas e Tapes.
Com informações da Secom RS