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‘Cãoterapia’ ajuda pacientes em tratamento de câncer em SC

Visitação dos animais é parte do serviço de terapia ocupacional do Cepon e contribui para o bem-estar físico e emocional de pacientes do hospital.

Redação PIXTV (Digital)

27 de novembro de 2023

atualizado às 12:05

Emoção, latidos e patinhas marcaram a tarde do último sábado (25) no Centro de Pesquisa Oncológica (Cepon), em Florianópolis. Em uma atividade realizada pela Associação Patas do Bem, pacientes com câncer receberam a visita de cães e seus tutores, que levaram alegria para os corredores do hospital. A ação faz parte do Serviço de Terapia Ocupacional da unidade e ocorre desde 2016. Neste período, mais de 1,5 mil pacientes internados receberam a visita dos animais.

“Os pacientes ganham com a visita, mas a equipe técnica e os acompanhantes também são beneficiados. A rotina em um hospital oncológico pode ser bastante pesada, mas a chegada dos animais quebra esse clima e permite um momento de alegria e descontração para todos”, afirma a terapeuta ocupacional do Cepon, Gabriela Bubniak, que acompanha a atividade.

De acordo com ela, a Atividade Assistida por Animais tem o objetivo de promover bem-estar e vivências significativas, resgatar e criar memórias afetivas nos pacientes. “A ação melhora aspectos biopsicossociais, diminui os impactos negativos do tratamento oncológico e otimiza o atendimento aos pacientes e acompanhantes por meio de uma abordagem diferenciada”, complementa Gabriela.

Ação é feita em parceria com a Associação Patas do Bem. | Foto: Marco Favero/Secom

Animais especiais

No Cepon, o projeto ocorre em parceria com a Associação Patas do Bem, que é responsável por selecionar, treinar e fazer o controle de saúde e de comportamento dos animais que farão parte da visita. Conforme Fabíola Provensi, coordenadora do Patas do Bem na unidade, os cães e os tutores passam por seleção, porque precisam atender alguns pré-requisitos para realizar as atividades em hospitais.

“Somos uma associação sem fins lucrativos e de utilidade pública que tem a missão de melhorar a qualidade de vida das pessoas por meio de atividades lúdicas, motivacionais e por vezes educativas assistidas por animais”, afirma Fabíola. No Cepon, atualmente a equipe conta com três tutores voluntários com seus animais e também dois voluntários sem animal. Além de Fabíola Provensi e Barthô (cão da raça Shitzu), as visitas são realizadas por Daniela Medalha, tutora da Beta (cão sem raça definida – SRD), Rita Leite, tutora da Glória (Labrador), Dalila Suterio e Pricyla Silva como apoio para a atividade.

As visitas são quinzenais e ocorrem aos sábados. “Os cães passam por um protocolo de higienização antes, durante e após a atividade hospitalar, sempre pensando na saúde e bem-estar dos pets e dos assistidos (pacientes), além de estarem com a saúde sempre em dia (vacinas, vermífugos e antipulga)”, explica Fabíola.

A ação é realizada no local sob supervisão da Terapeuta Ocupacional, que avalia quais são os pacientes que podem, e se beneficiariam em receber a visita do animal. Pacientes imunodeprimidos, com doenças infectocontagiosas e outros fatores que podem trazer risco à segurança, são restritos de receber a visita.

Outra atividade promovida pelo Cepon é a permissão da visita do animal doméstico e de estimação do paciente, que é uma lei estadual que garante ao paciente este direito (Lei 17968, de 30 de Julho de 2020). A legislação dispõe sobre a permissão para a visitação de animais domésticos e de estimação em hospitais privados, públicos contratados, conveniados e cadastrados no SUS no Estado de Santa Catarina.

Com informações da Secom

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