O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub foi demitido da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde exercia o cargo de professor, após determinação da Controladoria-Geral da União (CGU). A portaria de demissão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (7) e, segundo o órgão, a medida foi tomada por frequentes e injustificadas faltas ao trabalho por parte dele.
Como a exoneração do serviço público é consequência de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), Weintraub se torna inelegível para ocupar qualquer cargo público pelo prazo de oito anos, conforme previsto na Lei Complementar 64/1990.
Economista, Weintraub foi ministro da Educação entre abril de 2019 e junho de 2020, quando deixou a equipe de governo do então presidente Jair Bolsonaro para assumir um cargo de diretor no Banco Mundial, em Washington – posto ao qual renunciou em abril de 2022.
Em nota, a CGU informou que a exoneração foi motivada por “inassiduidade habitual” entre outubro de 2022 e setembro de 2023, período durante o qual o ex-ministro faltou 218 vezes ao trabalho, sem justificar o motivo do não comparecimento. “A penalidade decorreu de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado com base na Lei 8.112/1990, que garantiu [a Weintraub] o direito à ampla defesa e ao contraditório”, assegurou a CGU.
Também em nota, a Unifesp garantiu que todos os procedimentos e medidas administrativas seguiram os ritos previstos, conforme determina a respectiva legislação. “Desde o recebimento da denúncia inicial, via Ouvidoria, em 13 de abril de 2023, a universidade adotou todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários, instaurando um processo administrativo disciplinar (PAD) cuja apuração ocorreu sob sigilo, seguindo as determinações legais.”
O que diz Weintraub
O ex-ministro prometeu reagir à punição. Ele anunciou que fará uma edição especial de seu programa em rede social “Weintraub Sem Filtro” nesta quarta-feira para tratar do tema.
Com informações da Agência Brasil