Um forte terremoto de magnitude 7,3 que atingiu a região próxima ao deserto do Atacama, no Norte do Chile, na noite desta quinta-feira (18), provocou tremores de terra em cidades do Oeste catarinense. Entre elas, Chapecó. Apesar da proximidade com o país, técnicos da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina (SDC) afirmam que fenômeno não representa um risco significativo para o Estado.
“Os terremotos sentidos aqui não causam risco para deslizamentos de terra nem para as estruturas de construções locais”, afirmou Matheus Klein Flach, geólogo responsável pelo Serviço Geológico da Defesa Civil estadual.
Segundo os técnicos, além de Santa Catarina, os tremores foram sentidos em diversas partes do Brasil. O Centro de Sismologia da USP, em São Paulo, também confirmou o ocorrido.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), quatro tremores foram registrados entre a noite de quinta e a madrugada desta sexta-feira (19). O primeiro e mais intenso tremor ocorreu às 22h50, horário de Brasília, com uma magnitude de 7,4 MW a uma profundidade de 117,4 km da crosta terrestre. Outros tremores subsequentes foram registrados às 23h15 (5,0 Mw), 00h11 (4,7 Mw) e 02h47 (4,4 Mw).
"Os terremotos são fenômenos naturais resultantes do deslocamento das placas tectônicas. A região do Chile, localizada em uma zona de convergência de placas, é propensa a esses eventos devido ao atrito entre as placas tectônicas. Esse atrito pode causar tremores que, por vezes, são sentidos em regiões mais distantes, como o Brasil", explicou a SDC.
Ainda conforme a Secretaria, "a localização central do Brasil na placa tectônica torna a ocorrência de tremores de grande magnitude extremamente rara".