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Suspeitos de extorquir clientes de motéis são presos no RS

Eles tiravam fotos de pessoas e se passavam por detetives para exigir dinheiro.
Operação Closer combate golpe conhecido como “golpe do motel”. | Foto: PCRS/Divulgação

Redação PIXTV (Site)

11 de novembro de 2024

atualizado às 14:03

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, na manhã desta segunda-feira (11), uma operação de combate aos crimes de extorsão e associação criminosa. Os alvos são investigados por extorquir clientes de motéis em Porto Alegre, Região Metropolitana e Serra Gaúcha. Duas pessoas foram presas.

De acordo com a investigação conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, os criminosos gravavam vídeos dos clientes e depois os chantageavam pedindo dinheiro para não divulgar as imagens. Ao menos 20 pessoas teriam sido vítimas do "golpe do motel".

Os mandados de prisão foram cumpridos nas cidades de São Leopoldo e Novo Hamburgo.

A investigação iniciou em fevereiro deste ano, quando uma das vítimas do golpe procurou a Delegacia relatando que estava sendo ameaçada por criminosos que teriam informações sobre um possível caso extraconjugal com uma garota de programa. Os suspeitos encaminharam fotos e vídeos da pessoa saindo acompanhada de um motel na Região Metropolitana.

Segundo a polícia, os suspeitos teriam exigido R$ 8 mil para não divulgar o conteúdo e não expor a pessoa a familiares e ao cônjuge.

Modus Operandi

Segundo a delegada Luciane Bertoletti, os criminosos escolhiam, principalmente, o horário da tarde, motéis de valor elevado e determinados modelos de veículos. A partir daí realizavam monitoramentos em frente ao estabelecimento e faziam registro fotográfico e gravação de vídeo do momento da entrada ou da saída da vítima do local. Na posse dessas informações, os suspeitos aplicavam técnicas de engenharia social para localizar o telefone da vítima e começar a extorqui-la. Os criminosos, por meio de pesquisas em fontes abertas, buscavam o máximo de informações possíveis acerca de cada alvo e de sua família, a fim de garantir o sucesso da ação criminosa.

Por vezes, os criminosos se passavam por detetives particulares, alegando que os respectivos parceiros os haviam contratado para descobrir eventuais traições. As idas aos motéis poderiam ser escondidas dos companheiros, caso a vítima se submetesse a pagar valores aos bandidos.

A Polícia Civil orienta que eventuais vítimas não efetuem o pagamento exigido pelos criminosos e procurem a delegacia.

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