O Movimento Lojista de Santa Catarina, representado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL/SC) e suas mais de 45 mil empresas associadas às 209 CDLs, manifestou preocupação com recentes medidas do Poder Público, em especial decisões do Presidente do Senado Federal.
A principal crítica da entidade recai sobre a criação de novas licenças, reajustes de benefícios e alterações em gratificações para servidores do Senado. Segundo a FCDL/SC, tais medidas representam um "trem da alegria", ampliando privilégios de um grupo já favorecido dentro do funcionalismo público federal.
Para os lojistas catarinenses, essas decisões contrastam com a realidade enfrentada por empreendedores e trabalhadores do setor produtivo, que lidam diariamente com desafios para manter seus negócios e gerar empregos. Em um cenário econômico adverso, a entidade considera "alarmante" que novos custos recaiam sobre a sociedade para custear vantagens a uma parcela específica do serviço público.
A FCDL/SC reforçou que continuará dialogando com parlamentares e demais representantes para que tais medidas sejam revistas. "A conta — sempre amarga — sobra para nós", enfatiza a entidade, alertando para a necessidade de maior responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
Senado aprova folgas extras e reajuste de benefícios
No final de fevereiro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), concedeu um pacote de benefícios para servidores e parlamentares. Entre as medidas está a concessão de um dia extra de folga a cada três trabalhados. Quem optar por não usufruir da licença poderá vendê-la.
Além disso, foram aprovados aumentos nas gratificações e um reajuste de 22% no vale-alimentação, que agora será de R$ 1.784 por mês para servidores concursados e comissionados.