A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (2) a terceira edição da Operação Elo de Proteção em Balneário Pinhal, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, liderada pela Delegacia de Polícia local e coordenada pelo delegado Rodrigo Nunes.
Durante a ação, uma mulher foi presa preventivamente, suspeita de torturar o próprio filho, de 15 anos. A prisão ocorreu no bairro Magistério, e a suspeita foi encaminhada ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
As investigações tiveram início após a equipe escolar do adolescente informar que ele havia faltado às aulas por 10 dias. Ao retornar, apresentava as mãos enfaixadas e relatou que a mãe havia queimado suas mãos em um fogão como forma de punição por um furto contra um vizinho.
O Conselho Tutelar e a Polícia Civil foram acionados imediatamente. Durante as diligências, os agentes descobriram que o adolescente não havia recebido atendimento médico.
Ele foi levado ao hospital pelos próprios policiais e apresentava queimaduras de terceiro grau em ambas as mãos, com quadro infeccioso avançado e odor compatível com início de putrefação.
O adolescente precisou ser internado, correndo risco inclusive de amputação, e segue em tratamento para recuperação das lesões e da sensibilidade das mãos.
As apurações apontaram ainda que, além de causar as queimaduras, a mãe deixou de prestar socorro e chegou a aplicar sal nas feridas, intensificando o sofrimento do filho.
De acordo com a investigação, configurou-se o crime de tortura, cometido contra o adolescente sob sua guarda, uma vez que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e psicológico como forma de punição pessoal.
A investigada também responderá pelo crime de omissão de socorro.