A primeira morte por dengue em Florianópolis deste ano foi confirmada nesta quinta-feira (09), uma mulher de 34 anos morreu vítima da doença, em Trindade, na região Central de Florianópolis.
Segundo dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), até a quinta-feira (9) eram 1.330 pacientes com a doença em todo o Estado. Além desta morte registrada, a capital tem 143 casos confirmados de dengue, com nove internações, de acordo com a Dive.
Florianópolis também é o segundo município da região com mais casos confirmados de dengue, e a terceira no estadual. O óbito por dengue na capital começou mais cedo este ano em relação a 2022. Ano passado, a primeira morte pela doença foi confirmada apenas no fim de maio.
Entre os 143 casos registrados na capital, até o momento, 125 são considerados autóctones: pessoas infectadas dentro do próprio município. Outras 66 suspeitas são investigadas:
Bairros com mais registros:
- Coqueiros (28)
- Itacorubi (11)
- Daniela (9)
- Capoeiras (4)
- Centro (4)
- Abraão (4)
- Monte Cristo (3)
- Rio Tavares (3)
Dengue e o Aedes aegypti
A dengue é uma doença causada por vírus e transmitida, principalmente, pela picada de um mosquito da família Aedes, em especial o Aedes aegypti. A transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito, caracterizando-se pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do tórax. Nas patas, apresenta listras brancas.
A água parada é um dos pontos de desenvolvimento do mosquito, por isso a enfermidade é mais comum em regiões tropicais e subtropicais.
O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso.
A fêmea do mosquito também pode depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias. Ela deposita em média 400 a 600 ovos durante a vida nas paredes internas desses recipientes.
Os ovos podem resistir no ambiente por mais de um ano. A fêmea então escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos se desenvolvem rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, sete dias.
Sintomas da Dengue
Os sintomas não são iguais para todas as pessoas, podendo variar. Pessoas de todas as idades são igualmente suscetíveis à doença, porém as mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Em geral, os sintomas apresentados são:
- Fadiga;
- Dor no corpo;
- Febre;
- Perda de apetite;
- Dor de cabeça;
- Náuseas;
- Manchas Avermelhadas.
Atenção: dores abdominais intensas, vômito, sangramento da mucosa, acúmulo de líquido e hemorragia são sinais vermelhos da doença.
Dicas de Prevenção
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.
Fontes: Governo de Santa Catarina/ G1 / NDmais