O Brasil registrou na praia do Hermenegildo, na cidade de Santa Vitória do Palmar, litoral sul gaúcho, o segundo foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em mamíferos marinhos. De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, a doença viral afetou as espécies leão-marinho-da-patagônia e lobo-marinho-sul-americano.
A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) recebeu o diagnóstico positivo nos animais na noite de sexta-feira (6), enviado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), unidade referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA).
Ainda conforme o governo estadual, a notificação do aparecimento dos animais ocorreu na quarta-feira (4) e o atendimento foi feito por fiscais agropecuários, em parceria com especialistas do Centro de Recuperação de Animais Marinhos (Cram) de Rio Grande.
Segundo o g1, o primeiro registro da doença envolvendo mamíferos marinhos no país também ocorreu na quarta. O foco em leão-marinho-do-sul foi na praia do Cassino, em Rio Grande (RS). Casos em animais da espécie também já foram reportados no Peru, Chile, Argentina e Uruguai.
O governo gaúcho esclarece que as notificações não alteram a condição sanitária do Estado e do país de livre da gripe aviária e que não há registro da doença na produção comercial.
Até o momento, foram encontrados 80 animais mortos ou doentes no litoral gaúcho, sendo oito leões-marinhos e dois lobos-marinhos na praia do Cassino, em Rio Grande; 29 leões-marinhos e 25 lobos-marinhos em Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar; dez leões-marinhos nos Molhes da Barra de São José do Norte; um leão-marinho na Praia Real, em Torres; e cinco leões-marinhos em Quintão.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, o Serviço Veterinário Oficial (SVO) está atendendo a todas as notificações que são registradas e dando suporte e alinhando as ações necessárias junto aos municípios. “Nossa maior recomendação, neste momento, é que as pessoas não se aproximem e nem mexam em animais marinhos que forem encontrados nas praias gaúchas. A influenza é uma doença viral altamente contagiosa que, no contato com o animal sintomático, pode haver a possibilidade de contágio de humanos”, ressalta.
Com informações da SECOM RS