P U B L I C I D A D E

Câmara aprova taxação de 15% sobre lucro de multinacionais

Enviada em outubro, MP foi transformada em projeto de lei.
Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Redação PIXTV (Site)

18 de dezembro de 2024

atualizado às 09:05

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (17) o projeto de lei que taxa em pelo menos 15% o lucro de empresas multinacionais instaladas no Brasil. A cobrança ocorrerá por meio de um adicional na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) que garantirá a tributação mínima efetiva de 15%, dentro do acordo global para evitar a erosão tributária estabelecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Social (OCDE).

Leia também: Preso no Sul de SC foragido suspeito de integrar facção 'Bala na Cara' do RS

De autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), o Projeto de Lei 3817/24 repetiu a Medida Provisória 1262/24, editada no início de outubro. Após a aprovação pelo plenário da Câmara, o texto será enviado ao Senado.

Pelo texto, os lucros das multinacionais serão submetidos a cálculos específicos para saber se a empresa paga pelo menos 15% de tributação. Caso a conta dê deficitária, o adicional da CSLL incidirá sobre o lucro de empresas no Brasil integrantes de grupos multinacionais cuja receita anual consolidada seja superior a 750 milhões de euros (cerca de R$ 4,78 bilhões) em pelo menos dois dos quatro anos fiscais consecutivos anteriores à apuração.

Um dos critérios de adesão à OCDE, grupo que sugere medidas políticas, econômicas e sociais a países, a tributação de multinacionais evita que as empresas façam manobras de evasão fiscal e remetam parte dos lucros a outros países, com alíquotas menores, ou a paraísos fiscais. Desde 2015, o Brasil tenta entrar na OCDE.

Apesar da taxação extra, o projeto prorrogou até 2029 dois incentivos tributários às multinacionais brasileiras. Os benefícios são os seguintes: o crédito presumido de 9% sobre lucros no exterior e a consolidação de resultados de empresas subsidiárias no exterior.

De acordo com o relator do projeto, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), a manutenção desses instrumentos evita a perda de competitividade das multinacionais brasileiras e uma possível dupla tributação (pagamento de um mesmo tributo em dois países), garantindo que operem em igualdade com concorrentes estrangeiros. A extensão dos benefícios não terá impacto no Orçamento de 2025, mas fará o governo deixar de arrecadar R$ 4,051 bilhões em 2026 e R$ 4,283 bilhões em 2027.

Segundo o projeto, a cobrança começará no ano fiscal de 2025, e o pagamento deverá ocorrer até o último dia do sétimo mês após o fim do ano fiscal. Como o ano fiscal não coincide necessariamente com o ano civil para todas as empresas e grupos multinacionais, a data se torna variável.

Fonte: Agência Brasil

VEJA TAMBÉM:

03- ESCOLA SUPERIOR CBMPR
Paraná inaugura Escola Superior de Bombeiro Militar; unidade formará profissionais do país e exterior
img-2
Polícia Civil indicia professor pelo crime de racismo contra aluna de 13 anos em Laguna (SC)
SaveClip
Polícia aborda casal em situação de rua e recupera carro furtado de residência em Garopaba (SC)
modelo siteYT (1)
Denúncia de vereador sobre invasões de terra em Santa Catarina respinga em Garopaba
modelo siteYT
Homem com mandado em aberto por homicídio no Maranhão é capturado em Garopaba (SC)
P U B L I C I D A D E
P U B L I C I D A D E
P U B L I C I D A D E