O governo de Luiz Inácio Lula da Silva assinou acordos de cooperação com a ditadura cubana de Miguel Díaz-Canel. Os contratos foram fechados durante a visita de Lula e seus ministros ao país caribenho para a Cúpula do G77+China, realizada em Havana. As áreas de saúde, ciência e tecnologia e desenvolvimento agrário foram contempladas no acordo com Cuba.
As nações realizarão uma associação entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a estatal cubana de biotecnologia Biocubafarma. A aliança viabilizará o deslocamento de insumos para a produção nacional de NeuroEpo, um fármaco cubano usado para retardar o Alzheimer, e de Eritropoietina – medicamento aplicado no tratamento de leucemia, anemia por insuficiência renal e demais doenças.
Também na área da saúde, o acordo estabelece uma cooperação na troca de materiais que deverão ser usados em situações de doenças crônicas, transmissíveis e negligenciadas, tal como para vacinas, medicamentos, biotecnologia e biodiversidade.
Para a ministra da saúde, Nísia Trindade, com o acordo, o Brasil se beneficiará de um “conhecimento de ponta” desenvolvido por Cuba. A ministra elencou, inclusive, que a “expertise” de nosso país em pesquisa clínica e produção em escala possibilitará um “desenvolvimento conjunto” com o regime de Díaz-Canel.
“A importância desse acordo é que o Brasil se beneficia de um conhecimento de ponta que Cuba desenvolveu, investimentos de anos nessa área. Nesse desenvolvimento conjunto, o Brasil entra com sua expertise em pesquisa clínica e a sua capacidade de produzir em escala, em laboratórios públicos e laboratórios privados”.
No decorrer da Cúpula do G77+China, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Luciana Santos, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Elba Rosa Pérez, assinaram um tratado que reativa o Comitê Gestor Brasil-Cuba de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Nós queremos retomar a cooperação, não só na área do complexo industrial de saúde, mas em outras áreas mais abrangentes, como a bioeconomia. Queremos fazer uma nova reunião do comitê em 60 dias. É uma relação em que a gente aprende e, naquilo que a gente tem mais expertise, a gente oferece. A gente procura uma lógica de cooperação e parceria saudável, que faz com que encontremos soluções para o Brasil e para Cuba”, declarou Luciana Santos.
Por sua vez, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmaram um compromisso na troca de materiais e cooperação técnica em sementes, mudas, bioinsumos, fertilizantes, agricultura de conservação, agricultura urbana e periurbana. Os governos também irão cooperar nas áreas de pecuária, agroindústria, governança da terra, soberania e segurança alimentar e nutricional.
Fonte: Brasil Sem Medo