A Justiça de Santa Catarina condenou, na quinta-feira (9), um ex-policial a 30 anos de prisão em regime fechado por homicídio duplamente qualificado cometido em 10 de setembro de 2023, no bairro Arroio do Rosa, em Imbituba.
A sessão ocorreu na comarca de Imbituba, foi presidida pela juíza Luísa Rinaldi Silvestri e contou com a acusação do promotor de Justiça Caio Henrique Sanfelice Sena.
Três policiais civis depuseram durante o julgamento, somando quase quatro horas de testemunhos que reforçaram a consistência das provas apresentadas. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil.
Execução diante da família
De acordo com a investigação, o crime ocorreu nas primeiras horas da manhã do dia 10 de setembro, quando o réu invadiu a residência da vítima com um comparsa.
Eles arrombaram a porta e efetuaram cerca de 13 disparos de pistola calibre 9mm, de uso restrito. A vítima foi morta na frente da esposa, de um adolescente e de duas crianças, circunstância que agravou a avaliação da conduta.
Investigação
O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Polícia de Imbituba e reuniu depoimentos, perícia no local do crime e uso de tecnologias e técnicas papiloscópicas. O material coletado permitiu comprovar a autoria e a dinâmica da execução.
Pena máxima
O Conselho de Sentença reconheceu as duas qualificadoras: recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de arma de fogo de uso restrito. Na decisão, a magistrada destacou a extrema gravidade do crime, sobretudo pelo fato de o réu ser ex-agente de segurança pública e estar em livramento condicional no momento do homicídio.
A pena calculada inicialmente chegou a 33 anos e 4 meses, mas foi ajustada para o teto legal de 30 anos previsto para homicídio doloso.
“Resposta firme à sociedade”
A Polícia Civil de Imbituba afirmou que a condenação representa uma resposta firme à sociedade e um reconhecimento ao trabalho técnico e comprometido dos investigadores.
O réu, que já possuía 11 condenações anteriores, foi classificado como multirreincidente.