Ontem (27), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 3ª Delegacia de Polícia da 2ª Delegacia de Polícia Regional de Canoas, deflagrou uma operação interestadual para combater crimes de estelionato e associação criminosa. A ação teve como alvo um esquema conhecido como golpe do “falso advogado”.
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A operação mobilizou 60 policiais civis dos Estados do Rio Grande do Sul e Ceará, que cumpriram 24 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária nas cidades de Fortaleza e Maracanaú. Ao menos nove pessoas foram presas.
A ação contou com apoio logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do CIBERLAB, além da Polícia Civil do Estado do Ceará.
Como funcionava o golpe
A quadrilha enganava vítimas que acreditavam ter direito a receber valores referentes a precatórios. Para concretizar a fraude, os criminosos se passavam por advogados ou funcionários de escritórios de advocacia com os quais as vítimas, de fato, possuíam vínculo. Eles forneciam informações verídicas para ganhar a confiança das pessoas e convencê-las a realizar depósitos sob a justificativa de pagamento de honorários, taxas e impostos.
Para tornar o golpe ainda mais convincente, os estelionatários utilizavam documentos falsificados, com dados corretos e timbrados com logotipos de órgãos estatais, induzindo as vítimas a realizar transferências via Pix para as contas dos criminosos.
Prejuízo estimado
De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, a investigação identificou mais de 30 vítimas na cidade e na Região Metropolitana de Porto Alegre, totalizando um prejuízo superior a R$ 700 mil.
“Foi uma investigação complexa e qualificada, que ultrapassou fronteiras para desarticular essa organização criminosa interestadual especializada em estelionato”, destacou a delegada.
As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e possíveis vítimas do golpe.