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Jovens estão comendo menos arroz? Setor aposta em ações para reverter a tendência

Queda no consumo do grão pode impactar a saúde da população brasileira, diz SindArroz-SC.
Foto: SindArroz-SC

Redação PIXTV (Site)

19 de maio de 2025

atualizado às 15:26

Um dos ingredientes principais no prato dos brasileiros está perdendo popularidade, especialmente entre as novas gerações. Dados recentes apontam queda no consumo de arroz no país, o que, além de gerar preocupação na cadeia produtiva do grão, também pode causar um impacto social, cultural e na saúde da população. Para frear e até mesmo reverter a situação, o Sindicato das Indústrias do Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC) tem atuado para conscientizar as pessoas, incentivar a ingestão de arroz e fortalecer o setor.

De acordo com o relatório Projeções do Agronegócio 2023/24 a 2033/34, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e divulgado em 2024, o arroz é um dos alimentos cujo consumo apresenta redução no Brasil, acompanhado do feijão e da carne vermelha – considerados itens básicos da alimentação nacional. A pesquisa aponta que, nos últimos 10 anos, a ingestão de arroz diminuiu de 11,8 milhões de toneladas em 2013/14 para 11 milhões em 2023/24.

Segundo o presidente do SindArroz-SC, Walmir Rampinelli, um dos principais fatores que explicam a diminuição é o fato de que boa parte da nova geração tem optado por alimentos rápidos, processados e, muitas vezes, já prontos para o consumo. O sedentarismo, desigualdades socioeconômicas, a diversidade de opções gastronômicas e a popularização do serviço de entrega de comida (delivery) também contribuem para isso.

“Hoje em dia, é muito mais fácil ir até um restaurante ou pedir algo para comer em casa do que víamos anos atrás. O ritmo cada vez mais acelerado da vida, os alimentos prontos em pacotes e caixinhas, os jovens saindo da casa dos pais mais cedo para estudar e trabalhar, a perda de alguns costumes, como cozinhar a própria comida, fazer as refeições em família, tudo isso está mudando o estilo de vida dos brasileiros, impactando os hábitos alimentares e, consequentemente, a saúde das pessoas”, alerta Rampinelli.

Estudos evidenciam um aumento significativo no peso da população brasileira, com projeções preocupantes para os próximos anos. Lançado em março, o Atlas Mundial da Obesidade 2025 mostra que 68% dos brasileiros estão com excesso de peso – desses, 31% com obesidade e 37% com sobrepeso. Já a pesquisa do Programa de Alimentação, Nutrição e Cultura (Palin) da Fiocruz Brasília, divulgada no ano passado, estima que, caso as tendências atuais não mudem, 50% das crianças e adolescentes brasileiros dos cinco aos 19 anos estarão com sobrepeso ou obesidade até 2035.

Além de ser considerada uma doença, a obesidade está diretamente relacionada a outras comorbidades, como hipertensão, diabetes, câncer, problemas cardiovasculares, renais, neurológicos e do sistema digestivo.

A praticidade e valor nutritivo do arroz

Ao contrário do que muitos jovens acreditam, preparar arroz é uma tarefa prática e acessível, ideal para a correria do dia a dia. Com poucos ingredientes (geralmente apenas arroz, água e sal) e etapas simples, ele pode ser cozido em cerca de 20 minutos – não exige muita atenção durante o processo, nem técnicas avançadas de culinária. Além do que, combina facilmente com diversos acompanhamentos e pode ser preparado em quantidades maiores para consumo posterior, o que também contribui para a praticidade.

O grão é uma excelente fonte de energia, graças à sua concentração de carboidratos, os quais são digeridos lentamente e ajudam a manter a saciedade por mais tempo. Ele contém proteínas, vitaminas do complexo B e minerais, como magnésio, fósforo e potássio, o que colabora para o bom funcionamento do metabolismo e da saúde muscular. O cereal também é rico em fibras alimentares que auxiliam na digestão, funcionamento intestinal e no controle do colesterol. Por ser naturalmente isento de glúten, é uma opção segura para pessoas com intolerância ou sensibilidade a essa proteína.

“Para reforçar a importância do grão na saúde das pessoas e na nossa economia, a Abiarroz (Associação Brasileira da Indústria do Arroz) criou o Fundarroz, uma parceria com os Sindicatos das Indústrias de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Por meio desse fundo serão realizadas diversas ações, como o lançamento de uma campanha nacional para reforçar os benefícios do arroz, incentivar o consumo e garantir a sustentabilidade do setor orizícola”, comenta Rampinelli.

Sobre o SindArroz-SC

Fundado no ano de 1975, o Sindicato das Indústrias do Arroz de Santa Catarina (SindArroz-SC) atua como representante das empresas cerealistas do estado. Com 27 indústrias associadas, a entidade tem como um dos principais objetivos conquistar melhorias para toda a cadeia produtiva do alimento, bem como servir como ponte para beneficiadoras do grão. A rizicultura catarinense é responsável por 15% do abastecimento nacional e gera milhares de empregos no solo catarinense, além de em outras regiões do país.

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