Desde o início da implantação dos novos contêineres verdes para resíduos recicláveis em Porto Alegre, em 12 de março, 49 unidades já foram incendiadas. O caso mais recente ocorreu na madrugada desta terça-feira (19), na Rua Saldanha Marinho, nº 50, no bairro Menino Deus.
Na madrugada anterior, segunda-feira (18), outros seis contêineres foram alvo de vandalismo. No bairro Menino Deus, os incidentes ocorreram na Avenida Bastian (nº 270), Rua Marcílio Dias (nº 713) e Rua Uruguaiana (nº 50). No bairro Praia de Belas, foram atacados equipamentos nas Avenidas Aureliano de Figueiredo Pinto (nº 679) e Praia de Belas (nº 1280). Já na Cidade Baixa, houve depredação na Rua Luiz Afonso.
Os novos modelos são produzidos em Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e fazem parte da fase de testes da nova Coleta Seletiva por contêineres, que prevê a instalação de 450 unidades em diferentes regiões da cidade. Cada contêiner custa R$ 12,8 mil. Considerando os custos de substituição, limpeza e demais despesas, o prejuízo com os atos de vandalismo já soma aproximadamente R$ 980 mil.
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) já registrou boletim de ocorrência e reforça que a manutenção dos equipamentos é prioridade, para que a implementação do novo sistema de coleta não sofra atrasos.
Segundo o diretor-geral do DMLU, Carlos Alberto Hundertmarker, os ataques impactam diretamente os serviços prestados à população. "O DMLU está aplicando mais de R$ 84,5 milhões neste contrato para qualificar os serviços de coleta, mas os resultados também dependem do engajamento da população. Estamos adotando todas as medidas de fiscalização necessárias, mas pedimos a colaboração de todos, registrando denúncias que nos auxiliem a identificar os responsáveis por meio do sistema 156”, afirmou.
Contêineres cinza também foram vandalizados
Na madrugada de domingo (17), dois contêineres cinza — destinados a resíduos orgânicos e rejeitos — também foram incendiados na Avenida Bastian (nº 260) e na Rua Marcílio Dias (nº 703), novamente no bairro Menino Deus. Com esses casos, o total de contêineres incendiados na capital chega a 105 unidades.
Parte dos equipamentos danificados são metálicos e, por não apresentarem perda total, estão sendo recuperados com nova pintura e readesivagem. O DMLU reforça a importância da participação da comunidade na preservação do patrimônio público e no combate ao vandalismo que compromete os serviços de limpeza urbana.