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Megaoperação prende suspeitos de envolvimento em duplo homicídio na Praia do Rosa (SC)

Ação mobilizou policiais civis catarinenses e paranaenses, além da força de segurança paraguaia. Irmãos foram executados em março de 2023 em uma casa alugada.

Redação PIXTV (Digital)

10 de janeiro de 2024

atualizado às 14:34

Uma megaoperação com policiais civis de Santa Catarina, do Paraná e a força de segurança paraguaia foi deflagrada nesta terça-feira (10) para dar cumprimento à 38 ordens judiciais, sendo 29 mandados de busca e apreensão e nove de prisão preventiva. O alvo é uma organização criminosa ligada ao duplo homicídio de dois irmãos executados em março de 2023 em uma casa alugada na Praia do Rosa, em Imbituba, no Sul catarinense.

A investigação que deu origem a “Operação Conexão”, foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Imbituba e, até o momento, os agentes prenderam sete pessoas e apreenderam diversas armas de fogo, celulares e outros objetos nos endereços ligados aos suspeitos.

Mais de 140 policiais realizaram diligências em Barra Velha, no Litoral Norte catarinense, e nas cidades paranaenses de Londrina, Curitiba, Maringá, Colombo, Araucária, Piraquara e Pinhais, além do Paraguai, onde um dos mandados de prisão foi cumprido.

Crime

O crime ocorreu na madrugada de seis de março de 2023. De acordo com as autoridades policiais, indivíduos armados invadiram o local e alvejaram os dois irmãos com dezenas de tiros de arma de fogo, incluindo fuzis e pistolas. A execução foi cometida na frente das esposas e dos filhos pequenos das vítimas.

Segundo informações apuradas pelo G1, os irmãos, de 26 e 28 anos, eram do Paraná e haviam se mudado recentemente para Santa Catarina. Um deles morava em Itapema, no Litoral Norte catarinense, e o outro, em Florianópolis. 

Investigação

Logo após o crime, a equipe de investigação da Delegacia de Polícia de Imbituba, com a ajuda da Agência de Inteligência da Polícia Militar, identificou os envolvidos que saíram do Paraná até a cidade utilizando pelo menos dois veículos. Conforme apurado, os atiradores planejaram a execução e ficaram em pousadas e hotéis de Imbituba e Itapema.

A partir da identificação dos veículos, as forças de segurança passaram a monitorar a movimentação dos suspeitos e, após troca de informações com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi possível fazer a abordagem de um dos veículos utilizados, sendo apreendidos, na ocasião, aproximadamente 225 quilos de maconha, resultando na prisão em flagrante de dois suspeitos.

As investigações também apontaram que a mesma organização criminosa responsável pelo duplo homicídio em Imbituba teria envolvimento em vários outros assassinatos ocorridos recentemente no Paraná. Um deles, em 30 de maio de 2023 na cidade de Maringá, resultou na prisão em flagrante de três membros da quadrilha e na apreensão de várias armas de fogo, incluindo um fuzil.

Polícia Civil de Imbituba apurou ainda que o duplo homicídio praticado na Praia do Rosa contou com ao menos dois mandantes, cinco executores diretos e ao menos dois auxiliares que participaram da premeditação e do recolhimento/transporte das armas após o crime. Os suspeitos teriam feito, inclusive, um prévio levantamento da residência das vítimas por intermédio de drones.

"Restou demonstrado que se trata de organização criminosa especializada no crime de tráfico de drogas e que possui diversas armas de grosso calibre, incluindo fuzis, para a consecução dos crimes", afirma a polícia. Diante das provas e informações obtidas no transcorrer das investigações, o Poder Judiciário expediu os 29 mandados de busca e apreensão e nove de prisão preventiva.

Armas foram apreendidas durante a operação. | Foto: Polícia Civil de Santa Catarina

Chefe da organização criminosa é preso

Durantes as diligências realizadas na manhã desta quarta-feira, o chefe da organização criminosa, apontado como o principal mandante da execução dos irmãos, foi preso em uma residência em Londrina, no Norte do Paraná. Ele estava na posse de uma arma de uso restrito, segundo a polícia.

O Delegado de Polícia de Imbituba, Juliano Baesso, informou que a investigação foi "extremamente complexa e somente foi possível a identificação dos autores, com a consequente delimitação das responsabilidades, em razão do empenho dos policiais civis de Imbituba e da integração com as demais forças policiais, incluindo polícia militar, PRF e, sobretudo, a Polícia Civil do Paraná".

Ele ressaltou também que foram colhidos elementos comprovando a participação de pelo menos 9 suspeitos na execução de Imbituba. Os envolvidos serão indiciados por homicídio triplamente qualificado contra as duas vítimas, organização criminosa, posse ilegal de armas de fogo de uso restrito, entre outros crimes.

A Polícia Civil não descarta o indiciamento de outros investigados. "Havendo autorização do Poder Judiciário, as provas produzidas serão compartilhadas com a Polícia Civil do Paraná, o que permitirá a elucidação de vários homicídios ocorridos naquele Estado e praticados pela mesma organização criminosa", conclui Baesso.

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