A investigação da Polícia Federal sobre o caso do plano contra o senador e ex-juiz, Sérgio Moro, indicou possíveis pagamentos da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) ao site The Intercept Brasil, que ficou conhecido por divulgar mensagens de procuradores da Lava Jato, em 2019.
Despesas com viagens para encontros com ex-promotores, deputados e prefeitos, gastos com advogados, estão entre os pagamentos. Além disso, imóveis, especialização e assinatura de publicações estrangeiras também estão incluídas, de acordo com o documento apresentado pelo delegado Martin Bottaro Purper, da PF.
Á imprensa, a direção do site negou ter recebido dinheiro da facção e alegou que se trata de uma "ilação falsa", acrescentando que o documento não apresenta valores ou quem teria feito os pagamentos.
A imagem do documento pode ser vista abaixo:
Em 2019, o caso do vazamento das mensagens de procuradores e do próprio juiz, então ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ganhou notoriedade e foi republicado em toda a imprensa. Segundo o próprio site, as mensagens teriam sido recebidas de hackers e mirava os principais integrantes da Operação Lava Jato.
A partir da operação, o site ganhou grande repercussão e passou a pautar grandes jornais do país, como a Folha de S. Paulo, Estadão, UOL, entre outros.
Leia a abaixo a resposta do The Intercept, na integra:
“O Intercept Brasil não recebeu dinheiro do PCC. Esta é uma ilação falsa, que não encontra nenhum respaldo na realidade. O documento apresentado sequer aponta quem teria doado ou quanto.
O Intercept recebe contribuições de mais 40 mil pessoas físicas, via a página ajude.intercept.com.br. As contribuições têm valor médio de 40 reais. Todos os nomes mencionados no referido documento foram checados em nossa base de doadores e não foram encontrados.
Contribuições de valores maiores são examinadas previamente e, caso sejam consideradas incompatíveis com a nossa missão, são recusadas.
Apesar de não haver menção ao nome da pessoa que supostamente escreveu tal relatório, é importante frisar que há no mesmo documento, imediatamente após a referência ao Intercept Brasil, itens relacionados a assinaturas de revistas nacionais e internacionais.
Portanto, dizer que o PCC financiou o Intercept é tão errado quanto dizer que o PCC financia a Jovem Pan ou qualquer outro veículo porque um de seus integrantes comprou uma assinatura ou clicou no anúncio de um dos vídeos do canal.”
Fonte: Brasil Sem Medo