A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira (6) a Operação Berlim, que tem como alvo um grupo criminoso especializado em roubos a motoristas de entrega. A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
LEIA TAMBÉM: Brasil sobe cinco posições no ranking do IDH e está na 84ª colocação
Ao todo, 105 agentes participaram da operação, que cumpriu 46 ordens judiciais em São Leopoldo, Gravataí, Sapucaia do Sul, Estância Velha, Alvorada e Porto Alegre. Foram 22 mandados de busca e apreensão, 12 de prisão — entre preventivas e temporárias — além de quebras de sigilo telefônico e telemático, e apreensão de veículos.
Até o momento, cinco pessoas foram presas. A polícia também apreendeu arma de fogo, dinheiro e um veículo.
Segundo a investigação, os criminosos agiam de forma estruturada, com divisão de tarefas. O grupo monitorava motoristas de e-commerce e de distribuição de cigarros, utilizando técnicas de vigilância para escolher o melhor momento para atacar. Ao menos 12 integrantes foram identificados, todos com extensa ficha criminal, exercendo funções que iam desde a execução dos roubos até a receptação e revenda das mercadorias.
O avanço do comércio eletrônico e o aumento de entregas com motoristas autônomos facilitaram a atuação dessas quadrilhas, que se especializam cada vez mais nesse tipo de crime. A Polícia Civil alerta para o impacto direto desses delitos na atividade comercial e na segurança da população.
A delegada Isadora Galian, titular da DRFC/Deic, destaca o foco no desmantelamento de toda a cadeia criminosa:
“A Delegacia está empenhada no enfrentamento da criminalidade organizada, combatendo não apenas os autores diretos, mas toda a estrutura que sustenta esse tipo de crime — desde o planejamento até a comercialização das cargas roubadas.”
Já o diretor do Deic, delegado João Paulo de Abreu, reforça a importância da operação:
“Essa ofensiva visa desarticular grupos organizados e reduzir os índices de crimes patrimoniais violentos no Estado. Investigações qualificadas como essa certamente contribuirão para futuras condenações no Judiciário.”
