A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou nesta terça-feira (27) uma operação contra um grupo criminoso investigado por tráfico de drogas e contrabando de celulares para a Colônia Penal Agroindustrial de Piraquara. A ação foi realizada em Curitiba e em cidades da Região Metropolitana.
No total, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva contra detentos já recolhidos no sistema prisional e um mandado de prisão em flagrante contra um policial penal aposentado, suspeito de posse ilegal de arma de fogo e de participação no esquema.
A operação é fruto de uma investigação que teve início em janeiro deste ano. De acordo com a PCPR, os crimes ocorreram em 2022 e envolvem tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva, além da introdução de aparelhos celulares na unidade prisional.
Além das prisões, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Curitiba, Piraquara, Colombo, Campina Grande do Sul e Quatro Barras. Duas pessoas ainda não foram localizadas e são consideradas foragidas.
Segundo a delegada Juliana Cordeiro, que coordena o inquérito, o grupo cooptou o policial penal — que na época atuava na Colônia Penal de Piraquara — com o pagamento de propina para facilitar a entrada de drogas e celulares, posteriormente comercializados entre os presos.
A ação contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Penal do Paraná (PPPR), que participou das buscas e da condução do servidor detido. O policial penal aposentado também responderá a processo administrativo disciplinar.
“O envolvimento do servidor foi identificado pela PCPR, que imediatamente nos acionou para integrar a operação. Ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo”, afirmou o corregedor da PPPR, Deivid Alessandro Duarte. “A Polícia Penal não é conivente com esse tipo de conduta e seguirá atuando com rigor para coibir crimes dentro e fora do sistema prisional.”
A diretora-geral da PPPR, Ananda Chalegre, reforçou o compromisso da instituição com a legalidade e a segurança nas unidades. “Essas ações demonstram nossa capacidade de controle e fiscalização, garantindo que o sistema prisional permaneça sob a gestão do Estado”, concluiu.