A Prefeitura de Garopaba, no Sul de Santa Catarina, surpreendeu ao anunciar nesta segunda-feira (29) o cancelamento da programação do Réveillon 2026 na praia da Gamboa.

Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a prefeitura informou que toda a estrutura necessária já estava sendo preparada, com montagem da tenda e do palco em andamento, seguindo o planejamento técnico e operacional para garantir um evento seguro e organizado.
No entanto, durante o processo, a estrutura teria sofrido interferência indevida e atos de vandalismo praticados por pessoas ainda não identificadas.
"A tenda, que se encontrava com sua estrutura metálica montada, foi arrastada e deslocada para dentro do rio, ocasionando o dano de diversas peças. Diante dos prejuízos causados, tornou-se tecnicamente inviável a conclusão da montagem da tenda e do palco, o que impossibilita a realização da programação do Réveillon 2026 na Gamboa, por questões de segurança e responsabilidade", informou a prefeitura.
A administração municipal lamentou o ocorrido e pediu desculpas à comunidade local e aos turistas que aguardavam a programação no bairro. Segundo o comunicado, todas as medidas necessárias haviam sido adotadas para a realização do evento.
A prefeitura reforçou que as demais programações de Réveillon em outros pontos de Garopaba seguem mantidas e acontecem normalmente, conforme o cronograma já divulgado.
Confira a programação mantida:
Centro
- 19h – Victor Praun;
- 20h30 – Milsinho SA;
- 22h – Pagode do Ju;
- 23h30 – DJ Felix;
- 00h15 – Eduardo Cardoso;
- 2h – Germano e banda.
Ferrugem
- 22h – Leão Livre;
- 00h15 – Samba da Ferrugem;
- 2h – DJ Jet.
Siriú
- 22h – Karen Rosa;
- 00h15 – Macacústico;
- 2h – DJ Alemão.
Comunidade da Gamboa contesta versão da prefeitura
Após a postagem feita pela gestão municipal, a comunidade da Gamboa emitiu uma nota contestando a versão apresentada. Confira abaixo:
Diante da nota oficial publicada pela Prefeitura de Garopaba, a Comunidade da Gamboa vem a público restabelecer a verdade sobre os fatos ocorridos em relação à estrutura de Réveillon:
- Ocupação indevida: A estrutura do palco foi montada dentro da quadra de esportes, um espaço que foi construído e é mantido integralmente pelos próprios moradores, devido à ausência de apoio da administração municipal ao esporte local.
- Vandalismo pela empresa contratada: Diferente do que foi divulgado, os danos iniciais foram causados pela própria empresa contratada pela prefeitura. Durante a montagem, as redes de proteção da quadra — essenciais para evitar que bolas atinjam banhistas e os comércios locais (bares) — foram cortadas e danificadas pela equipe de montagem.
- Ação da comunidade: A retirada da estrutura não se tratou de "vandalismo gratuito", mas sim de uma reação à ocupação de um espaço comunitário vital e ao dano causado ao patrimônio que a prefeitura não ajudou a construir. A comunidade apenas defendeu o único local de lazer e esporte disponível para os jovens do bairro.
Lamentamos que a prefeitura prefira classificar a defesa de um patrimônio comunitário como vandalismo, em vez de dialogar sobre a escolha inadequada do local e a falta de zelo com os equipamentos esportivos já existentes.






