A quarta e a quinta entregas de casas temporárias para atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul ocorreram na última quinta-feira (31). Em Triunfo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, 48 famílias receberam as chaves das unidades habitacionais, localizadas no Bairro Industrial. Em Rio Pardo, outras 20 moradias, de um total de 40 que estão previstas para o município, foram entregues aos futuros moradores.
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Os atos de entrega foram realizados pelo governador Eduardo Leite e pelo titular da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), Carlos Gomes. Em Triunfo, a ação possibilitou a desativação do último abrigo coletivo do município, além de oferecer mais conforto para que as famílias aguardem as casas definitivas.
Somadas as unidades já ocupadas em Encantado, Cruzeiro do Sul e Estrela, que receberam 30, 28 e 86 moradias, respectivamente, o programa A Casa É Sua – Calamidade, da Sehab, já inaugurou 212 lares temporários. Ao todo, serão 500 casas desse modelo em nove municípios, com um investimento de R$ 66,7 milhões do governo estadual. O Executivo estadual também está investindo R$ 58,7 milhões na construção de 422 casas definitivas em 11 municípios.
O Estado também estruturou uma estratégia integrada de habitação, que envolve, entre outros, o programa Porta de Entrada, para subsidiar até R$ 20 mil do valor de entrada para compra de imóveis de ate R$ 300 mil, e o Programa de Gestão de Imóveis Públicos Estaduais para Habitação de Interesse Social.
"Vivemos aqui momentos muito difíceis. Chegamos a ter 8 mil pessoas em abrigos, em condições muito precárias, por força da calamidade. Com essa entrega, Triunfo deixa de ter abrigos, e todas as famílias terão um espaço seu, com dignidade. É uma grande vitória de todos nós", afirmou o prefeito de Triunfo, Murilo Machado.
As ações fazem parte do Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática do Estado, que visa planejar, coordenar e executar ações para enfrentar as consequências sociais, econômicas e ambientais da enchente histórica. A medida integra também o Plano Estadual de Habitação de Interesse Social (Pehis), como política permanente para atuação em casos de emergências, calamidades e desastres.
Sobre os módulos
O método de construção temporária é de fácil transporte e instalação. As casas chegam prontas da fábrica ao local onde serão colocadas. A inserção no terreno requer apenas a colocação de algumas sapatas de nivelamento (um tipo de fundação) e a execução de conexões das redes de água, esgoto e energia elétrica – de responsabilidade da prefeitura. Por dispensar a construção no local, os módulos são ambientalmente sustentáveis, pois não geram resíduos de obra e possibilitam uma economia de oito vezes menos água em comparação com métodos tradicionais.
Além disso, os módulos ficam incorporados ao acervo do Estado e poderão ser reutilizados por várias vezes em outras situações em que se fizerem necessários, depois que as famílias já tiverem sido transferidas para moradias definitivas. Cada unidade possui 27m² e é composta por dormitório, sala e cozinha conjugadas e banheiro, além de possuírem mobiliário sob medida e eletrodomésticos de linha branca. A estrutura de aço galvanizado e concreto ganhou elementos que garantem resistência e conforto para os moradores.
Próximas entregas
As casas temporárias são destinadas, preferencialmente, a municípios que ainda possuem pessoas em abrigos e/ou recebendo aluguel social. As próximas entregas devem ser realizadas em São Jerônimo e Arroio do Meio. São Leopoldo, que receberá 60 casas, está na fase final de preparação do terreno. Os municípios de Cruzeiro do Sul e Encantado estão viabilizando um novo local para receber mais 50 unidade cada um.
Fonte: Secom RS