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RS decreta estado de emergência em saúde animal após casos de gripe aviária

Medida vale por 60 dias e busca conter avanço do vírus em granja e zoológico da Região Metropolitana de Porto Alegre.
Foto: GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

Redação PIXTV (Site)

19 de maio de 2025

atualizado às 09:06

O Governo do Rio Grande do Sul decretou estado de emergência em saúde animal para conter a propagação da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre. O Decreto nº 58.169/2025 foi publicado no Diário Oficial do Estado de sábado (17) e terá validade de 60 dias.

A decisão foi motivada pela confirmação de dois focos do vírus: um de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja avícola de reprodução no município de Montenegro e outro em aves silvestres no Zoológico de Sapucaia do Sul, conforme informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Com a medida, o Estado poderá adotar ações mais rápidas e coordenadas de vigilância, controle sanitário e contenção da doença, incluindo restrições ao trânsito de aves e fiscalização intensificada.

O estado de emergência abrange os seguintes municípios: Triunfo, Capela de Santana, Nova Santa Rita, Montenegro, Esteio, Canoas, Gravataí, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Cachoeirinha, Novo Hamburgo e Portão.

Caso em Montenegro

É o primeiro caso da doença em aves comerciais do Brasil. No plano global, a circulação do vírus ocorre desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa. Ao longo desses 20 anos, portanto, o Brasil conseguiu evitar a entrada da enfermidade na avicultura comercial.

Zoológico de Sapucaia do Sul

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou que as mortes de 38 cisnes e patos do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul foram causadas pela H5N1. 

O local foi fechado para visitação desde o registro da morte dos animais na última terça-feira (13) e continuará fechado por tempo indeterminado. 

O Parque fica a cerca de 50 quilômetros de Montenegro e tem 63 anos de existência e é o maior zoológico do Estado. Atualmente, abriga cerca de 130 espécies, entre répteis, aves e mamíferos, somando mais de mil animais. Além dos animais silvestres, conta com um plantel de espécies domésticas, entre elas 500 cisnes e marrecas.

Veja informações e orientações à população

Diante do cenário, o governo gaúcho reuniu algumas informações para responder aos principais questionamentos da população sobre tema.

1. Há risco de contaminação para os seres humanos?

O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves ou mamíferos infectados, vivos ou mortos. A infecção pode acontecer pelo contato direto ou indireto com aves infectadas, por meio de aerossóis, secreções respiratórias, fezes, fluidos corporais ou superfícies contaminadas. A doença não é transmitida por alimentos bem cozidos ou preparados corretamente e a transmissão entre pessoas é muito limitada.

2. Há risco de contaminação para outros animais?

A influenza aviária é uma doença viral que afeta principalmente aves, mas também pode infectar mamíferos. A transmissão ocorre pelo contato com aves doentes e também pela água ou pelos materiais contaminados.

3. É seguro consumir carne e ovos de aves?

O consumo de carne de aves e ovos armazenados em casa ou em pontos de venda é seguro, já que a doença foi detectada em uma granja voltada para a reprodução. A população pode se manter segura, não havendo qualquer restrição ao seu consumo.

4. A vacina contra a gripe (influenza) protege contra a gripe aviária? 

Não. A vacina contra a gripe sazonal não protege contra a gripe aviária. A vacina da gripe é atualizada todos os anos para proteger contra os principais vírus da gripe que circulam entre humanos, como os tipos A (H1N1 e H3N2) e B. Já a gripe aviária é causada por vírus diferentes, como o H5N1, que normalmente afetam aves e raramente infectam pessoas. Esses vírus não estão incluídos na vacina sazonal, pois são geneticamente diferentes e circulam principalmente entre aves. Apesar disso, a vacinação contra a gripe sazonal continua sendo importante, pois previne internações e mortes causadas pelos vírus que mais afetam a população.

5. O que fazer se encontrar aves doentes ou mortas?

- Não se aproxime, alimente ou toque em animais silvestres, nem tente socorrê-las;

- Não deixe cães, gatos e outros animais domésticos se aproximarem;

- Em casos suspeitos, entre em contato com a Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo canal de notificação via WhatsApp (51) 98445-2033.

6. O que pode ser feito para prevenir e reduzir o risco de infecção entre profissionais que manipulam aves?

Qualquer trabalhador que manipule aves selvagens ou domésticas deve ter conhecimento adequado de biossegurança e medidas de proteção. Além de conhecer os protocolos, esses profissionais devem ter equipamentos de proteção adequados para o manuseio de aves, incluindo roupas de proteção específicas para essas tarefas, bem como luvas e máscaras. Além disso, o governo do Estado está orientando, com especial atenção, os avicultores sobre os cuidados necessários.

7. Quais os principais sintomas nas aves?

Entre os principais sintomas apresentados nas aves estão alta mortalidade, dificuldade respiratória, torcicolo e falta de coordenação, crista e barbela inchadas e roxas, secreção nasal e ocular, espirros, dificuldade de locomoção e diarreia.

8. O que fazer em caso de qualquer suspeita de aves contaminadas?

Todas as suspeitas de influenza aviária, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura através da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo canal de notificação no WhatsApp (51) 98445-2033.

9. O que o governo do Estado está fazendo?

Diversas ações estão em curso. Com a confirmação do foco, o Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) desencadeou as ações previstas no Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária, com isolamento da área em Montenegro e eliminação das aves restantes e protocolo de desinfecção da granja. Todas as propriedades rurais no raio de dez quilômetros do foco serão vistoriadas pelo SVO, além da instalação de sete barreiras sanitárias, seis de desinfecção e uma de bloqueio. O Zoológico de Sapucaia do Sul, onde também foram encontradas aves silvestres mortas, está fechado por tempo indeterminado. Haverá, também, o cancelamento de torneios e eventos de aves no Rio Grande do Sul.

Com informações da Secom RS e Agência Brasil

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