Um dos destinos mais visitados de Santa Catarina, a Serra do Rio do Rastro está localizada em uma das regiões mais frias do Brasil e é parada obrigatória para quem busca aventura e contato com a natureza. Famosa por suas 284 curvas sinuosas e paredões imponentes, a atração turística é cortada pela rodovia SC-390, que liga Bom Jardim da Serra, na Serra, a Lauro Müller, no Sul do Estado.
Para chegar ao topo, os visitantes enfrentam um percurso de 12 quilômetros de estrada retorcida marcado por contrastes: de um lado, penhascos que revelam a imponência da paisagem; do outro, paredões de rocha cobertos pela Mata Atlântica, onde pequenas quedas d’água deslizam pelas pedras e chegam a congelar nos dias mais frios, criando um cenário único. Durante o trajeto, que começa em Lauro Müller e termina em Bom Jardim da Serra, a altitude sobe cerca de 1.500 metros, garantindo uma das experiências mais autênticas do turismo catarinense.
Preservação e patrimônio
Considerada uma das estradas mais bonitas do Brasil, a Serra do Rio do Rastro está inteiramente inserida na área de preservação do Ecomuseu Serra do Rio do Rastro. Segundo a Prefeitura de Lauro Müller, a musealização do espaço busca conscientizar visitantes sobre a importância da preservação do patrimônio cultural e natural, além de valorizar aspectos históricos, arquitetônicos e tecnológicos da região.
Entre os destaques preservados pelo Ecomuseu está a Coluna White, descoberta pelo geólogo Israel Charles White. Contratado em 1904 para estudar as jazidas de carvão mineral do Sul do Brasil, ele elaborou uma coluna estratigráfica formada por 17 marcadores de concreto, que registram as características de cada afloramento. O conjunto é considerado um dos principais sítios geológicos e paleontológicos da Bacia do Paraná e, por sua equivalência com a Bacia do Karoo, na África do Sul, teve papel essencial na comprovação da teoria da deriva continental.

Mirante a mais de 1.460 metros de altitude
Do alto da Serra do Rio do Rastro, a mais de 1.460 metros de altitude, os visitantes podem admirar a grandiosidade da paisagem a partir de um mirante aberto ao público todos os dias, que dispõe de estacionamento.
No local, há ainda um posto da Polícia Rodoviária, banheiros públicos, dois quiosques, um café-restaurante e a sede da Associação Bonjardinense de Artesãos.

Atrações vão além da paisagem: animais chamam atenção
Nem só de paisagens incríveis vive a Serra do Rio do Rastro. O local abriga uma fauna diversificada, típica da Mata Atlântica preservada, com felinos de diferentes portes, macacos (bugios, macacos-prego e saguis), além de quatis, pacas, mãos-peladas, tatus, tamanduás, iraras, entre outros.
Os quatis, por exemplo, são frequentemente avistados pelos visitantes, pois circulam em busca de alimento. No entanto, a Polícia Militar Ambiental reforça: é importante não alimentar os animais.
Como chegar ao local
Saindo de Florianópolis, capital catarinense, há duas opções de trajeto para chegar até a Serra do Rio do Rastro. A primeira é a mais curta: cerca de 214 km pela BR-101 até Tubarão, de onde se acessa a SC-390 em direção à serra.
A segunda alternativa, mais longa porém igualmente bonita, tem aproximadamente 255 km. O percurso segue pela BR-282, em Palhoça, passando por Alfredo Wagner, com acesso à SC-110 em Bom Retiro, atravessando Urubici até Cruzeiro, onde a viagem continua pela SC-390 até o destino final.