O Ministério Público (MP) da Venezuela emitiu um mandado de prisão contra Juan Guaidó, conforme anunciado nesta quinta-feira (5) pelo procurador-geral do país, Tarek William Saab. O ex-líder da oposição e ex-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela está enfrentando acusações relacionadas ao uso de recursos da petrolífera estatal PDVSA para fins pessoais, bem como para cobrir suas despesas legais.
Além disso, o procurador argumentou que Guaidó pressionou a PDVSA a aceitar seus termos de refinanciamento, resultando em decisões que causaram perdas financeiras à nação, estimadas em US$ 19 bilhões. Uma das consequências mais impactantes dessas ações foi a quase perda irreversível da Citgo, uma subsidiária da PDVSA que Saab descreveu como "o ativo mais valioso da Venezuela no exterior".
O promotor acrescentou que “essas decisões causaram perdas à nação de US$ 19 bilhões e resultaram na perda quase definitiva da Citgo”, uma subsidiária da PDVSA que Saab definiu como “o ativo mais importante da Venezuela no exterior”. Saab enfatizou: "Por isso abrimos uma nova investigação contra o ex-deputado Juan Guaidó e solicitamos um mandado de prisão contra ele."
O procurador-geral Tarek William Saab também anunciou que será solicitado um alerta vermelho da Interpol contra Juan Guaidó. O mandado de detenção, de acordo com Saab, se baseia em uma série de acusações graves, incluindo traição à pátria, usurpação de funções públicas, desvio de fundos públicos, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Saab não poupou críticas a Guaidó, afirmando que existem pelo menos 28 investigações em curso no país relacionadas a várias acusações, como usurpação de funções públicas, lavagem de dinheiro, terrorismo, tráfico de armas, traição à pátria e associação criminosa, entre outras. Ele declarou: "Aqueles que em algum momento acreditaram neste sujeito e saíram para marchar veem que se revelou uma gangue vulgar do pior calibre, que rouba e sequestra."
Respondendo às acusações do Ministério Público, Juan Guaidó, por meio de sua conta na plataforma X (ex-Twitter), rejeitou veementemente as acusações, classificando-as como "mentiras" com o objetivo de "perseguir fisicamente e difamar a oposição venezuelana".Devido a ameaças à sua segurança e após ser expulso da Colômbia, ele está residindo em Miami desde abril.
Fonte: Brasil Sem Medo