Nesta terça-feira (8), o Ministério Público do Paraná (MPPR) e a Polícia Civil do Estado deflagaram a Operação "Carga Fria". Ao todo, foram executadas 101 ordens judiciais contra suspeitos de distribuir drogas do oeste paranaense para outras regiões do Brasil, como Minas Gerais, Rio de Janeiro e estados do Nordeste. Em apoio a essa ação, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Santa Catarina cumpriu mandados nas cidades de Balneário Camboriú, Camboriú e Içara.
As investigações revelam que os valores provenientes do comércio de entorpecentes eram mascarados com a aquisição de bens e imóveis de luxo, principalmnete em Balneário Camboriú (SC). De acordo com a policia, os chefes da organização criminosa ostentavam padrão de vida elevado, com apartamentos e casas milionários, viagens para destinos caríssimos, carros luxuosos, veículos aquáticos.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), entre os alvos da busca no litoral catarinense, está uma empresa de investimentos e uma corretora de imóveis que, segundo divulgado nas redes sociais, é especializada em "imóveis luxuosos das maiores e melhores grifes das construtoras".
Além das cidades catarinenses, a operação policial aconteceu simultaneamente em Toledo, Pato Bragado, Entre Rios do Oeste e Curitiba, no Paraná, assim como em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Durante a operação desta manhã, foram cumpridos 45 mandados de busca e apreensão, dez prisões preventivas, sequestro de 20 bens móveis, entre carros e caminhões, e 8 imóveis. Além disso, houve o bloqueio de 17 contas-correntes e o afastamento de um policial civil do Estado de São Paulo, suspeito de integrar o grupo.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico, com penas que podem chegar a 38 anos de reclusão. Também respoderão pelo crime de lavagem de dinheiro, com pena de até 10 nos de reclusão por cada conduta perpetrada.