Apontado pela Polícia como chefe de uma facção criminosa no Estado do Rio Grande do Sul, Maicon Donizete Pires dos Santos, conhecido como 'Red Nose', foi preso na quarta-feira (21) em Garopaba, no Sul de Santa Catarina. O traficante de 32 anos teria envolvimento em mais de 30 homicídios registrados principalmente na Zona Norte de Porto Alegre e Região Metropolitana. Ele estava foragido há mais de seis meses e chegou a Capital gaúcha por volta das 22h30min desta quinta-feira (22).
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Segundo a Polícia Civil, entre as mortes nas quais ele estaria envolvido estão as da estudante de arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Sarah Silva Domingues e do comerciante Valdir dos Santos Pereira, na Ilha das Flores, no final de janeiro. Maicon teria cedido os homens que participaram do ataque que ceifou a vida da dupla. O crime ganhou repercussão nacional.
Ainda conforme a corporação, as mortes aumentaram quando Red Nose deixou uma organização criminosa à qual fazia parte e criou uma nova, iniciando uma guerra de facções na Zona Norte de Porto Alegre, especialmente no bairro Mário Quintana. Os investigadores apuraram que o grupo fundado e comandado por ele, denominado 'Comando Nova Geração', movimenta cerca de R$ 1 milhão por semana com a venda de drogas.
A polícia gaúcha informou que há três ordens de prisão preventiva contra Santos. Além do envolvimento direto e indireto em diversos homicídios, ele é investigado por outros crimes, como lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo.
Veja os detalhes da prisão
Câmeras de segurança registraram o momento em que Maicon Donizete Pires dos Santos foi preso por um polícia civil catarinense em uma farmácia localizada no bairro Ambrosio, região central de Garopaba. As câmeras também gravaram momentos do criminoso pouco antes da prisão, estacionando o carro na frente do estabelecimento.
Santos era monitorado pela Polícia Civil e Militar há pelo menos 30 dias. Ele foi seguido pelo policial à paisana após deixar a residência utilizada como esconderijo.
"Saio e venho andando até a farmácia, antes de entrar observo se no Logan tinha mais alguém, possíveis seguranças dele, não tendo ninguém, entro e abordo ele lá dentro. Tentou reagir, mas foi imobilizado e algemado. Me protejo e solícito apoio", disse o policial civil à paisana sobre a ação que resultou na captura do criminoso.