Sete pessoas suspeitas de aplicar o golpe do bilhete premiado foram detidas durante uma operação da Polícia Civil gaúcha (PCRS), que aconteceu nesta quinta-feira (29), em cinco Estados brasileiros. Foram presas três pessoas no Paraná, duas em Santa Catarina, uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo.
A ação em combate a crimes de estelionato e associação criminosa, denominada "Operação Illusio II", cumpriu 21 ordens cautelares, entre mandados de busca e apreensão, sete prisões temporárias e bloqueios de contas bancárias. Estima-se que o prejuízo causado às vítimas seja de R$ 600 mil.
A investigação foi comandada pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
"As investigações iniciaram há 8 meses a partir de duas vítimas, em Canoas, no Rio Grande do Sul, que perderam cerca de R$ 600 mil. Apuramos que os golpistas residiam nesses Estados e logramos êxito em cumprir as ordens judiciais", afirma a delegada da PCRS, Luciane Bertoletti.
A Polícia Civil apurou ainda que os investigados convertiam parte do valor que conseguiam com os golpes em moeda estrangeira e outra parte em criptomoeda.
Golpe do bilhete premiado
O golpe do bilhete premiado ocorre quando uma vítima, geralmente pessoa idosa, é abordada em via pública. Um dos criminosos se passa por uma pessoa humilde, e fala que possui um bilhete premiado, cujo prêmio irá dividir com a vítima caso ela o ajude. Em seguida, outros golpistas aparecem e simulam uma ligação para o gerente de um banco, que confirma o suposto bilhete como verdadeiro.
As vítimas são ludibriadas até que façam transferências em dinheiro aos criminosos, como garantia para o recebimento de parte do falso prêmio. A vítima percebe que sofreu um golpe após perder o contato com os estelionatários, que fogem.