Um líder religioso suspeito de estupro, importunação sexual e violação sexual mediante fraude contra seis mulheres foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Os crimes teriam acontecido em 2023, no município de Tubarão, no Sul do Estado.
Conforme o documento assinado pelo Promotor de Justiça Rafael Rauen Canto, o réu seria um líder religioso que se aproveitava da autoridade e da confiança que as vítimas — que o procuravam para aconselhamento ou rituais espirituais — depositavam nele em momentos vulneráveis, para, supostamente, abusar delas.
Em alguns dos casos, o homem teria simulado estar incorporado por entidades espirituais e teria dito às vítimas que o problema delas só seria resolvido mediante a prática de relação sexual com ele.
O suspeito utilizava de rituais nos quais ficava mais próximo das vítimas para tocar o corpo delas. Em determinadas situações, o acusado teria utilizado violência para impedir que as mulheres resistissem aos abusos, segurando-as ou cobrindo-lhes a boca.
Ainda segundo a denúncia, o líder religioso teria enviado às mulheres mensagens de cunho sexual antes e depois dos crimes. Todos os atos eram praticados sem o consentimento das vítimas. A denúncia foi recebida pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Tubarão na última sexta-feira (24). O réu responde ao processo preso.
Além da condenação pela prática dos crimes, o MPSC requereu à Justiça que o homem seja condenado a reparar os danos causados pela infração. O órgão pede o valor de, no mínimo, R$ 50 mil para cada uma das vítimas.