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Polícia Civil deflagra operação contra esquema de corrupção em vistorias veiculares no RS

Ação mira despachante que comandava rede de vistoriadores ligados a CRVAs de Porto Alegre.
Foto: PCRS

Redação PIXTV (Site)

16 de julho de 2025

atualizado às 11:32

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Dercap), deflagrou nesta quarta-feira (16) a Operação Vistoria. O objetivo é desarticular um esquema de corrupção envolvendo um despachante que, segundo as investigações, cooptava e controlava vistoriadores contratados por unidades dos Centros de Registro de Veículos Automotores (CRVAs) em Porto Alegre.

Ao todo, cerca de 70 policiais civis cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e locais de trabalho dos investigados. Durante a operação, celulares e documentos foram apreendidos.

As investigações tiveram início a partir da prisão de um despachante envolvido em outras práticas criminosas, o que levou a novos desdobramentos que revelaram o esquema em funcionamento nos CRVAs da capital.

O delegado Cassiano Cabral esclareceu que não há indícios de participação dos responsáveis credenciados pelas unidades.

“As condutas ilícitas investigadas concentram-se exclusivamente em vistoriadores contratados, que atuavam na linha de frente da prestação dos serviços, bem como se aproveitavam da função para auferir ganhos pessoais”, explicou o delegado.

Entre as vantagens indevidas identificadas estão:

  • Aprovação de vistorias sem conferência técnica adequada;
  • Acesso irregular a dados do sistema de registro veicular;
  • Aceleração de processos administrativos mediante pagamento;
  • Inserção de informações falsas em transferências de propriedade.

Os valores das propinas, pagos geralmente via Pix, variavam entre R$ 50,00 e R$ 150,00, e eram apelidados de “cafezinho” pelos envolvidos, sugerindo um sistema informal, frequente e sistemático.

O titular da DRLD, delegado Guilherme Calderipe, destacou que os contratos irregulares entre despachantes e servidores contratados envolviam trocas diretas de favores administrativos por dinheiro.

“Ainda que os valores cobrados como propina fossem, em regra, baixos, muitas vezes variando entre R$ 50,00 e R$ 150,00, a banalização e a sistematização do comportamento corrupto por parte dos investigados será fortemente reprimida. A distinção entre os credenciados e os executores das fraudes é fundamental para distinção dos atores envolvidos no esquema e servem de alerta para que os critérios de contratação sejam mais rígidos e melhorado o controle do exercício da função”, afirmou Calderipe.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo, que também apura o uso de revendas de veículos como possíveis mecanismos de lavagem de dinheiro. Novas fases da operação não estão descartadas.

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