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Grupo suspeito de aplicar o ‘golpe do Falso Leilão’ em todo o país é alvo de ação interestadual

Operação mobilizou 80 policiais no RS e em SP e resultou na prisão temporária de 12 suspeitos.
Foto: PCRS

Redação PIXTV (Site)

9 de setembro de 2025

atualizado às 14:08

Nesta terça-feira (09), a Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas (2ª DPRM), deflagrou a Operação Lance Final, uma ofensiva interestadual contra estelionatários especializados no chamado “Golpe do Falso Leilão”. A ação contou com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, além da Polícia Civil de São Paulo.

Foram mobilizados 80 policiais civis nos dois estados, que cumpriram 16 mandados de busca e apreensão e 12 prisões temporárias nas cidades de Itanhaém e São Paulo (SP).

Segundo a investigação, a organização criminosa atuava em diferentes regiões do país, aplicando golpes que lesaram dezenas de vítimas. Somente em Canoas, duas pessoas foram lesadas financeiramente em R$ 100 mil.

Como funcionava o golpe

A Polícia Civil gaúcha informou que a fraude tinha como principal artifício a criação de sites fraudulentos que simulavam plataformas de leilões oficiais:

  1. Clonagem de anúncios – os criminosos copiavam veículos de leilões legítimos e os disponibilizavam em páginas falsas.
  2. Patrocínio de links – para alcançar mais vítimas, pagavam anúncios, garantindo que o site falso aparecesse entre os primeiros resultados nas buscas por “leilões”.
  3. Simulação de legitimidade – o ambiente virtual era elaborado para parecer real, com documentos falsificados, termos de arremate e até a utilização de nomes e endereços verdadeiros de casas de leilão.
  4. Contato via WhatsApp – após acessar o site, a vítima era direcionada a um número de celular, e a negociação ocorria de forma convincente até a transferência bancária.

Depois do pagamento, os golpistas desapareciam, deixando as vítimas sem o bem adquirido e sem possibilidade de reaver os valores.

De acordo com a Delegada Luciane Bertoletti, o objetivo da ação foi desarticular a rede criminosa e proteger a população contra golpes digitais. “Esses crimes exploram a confiança das pessoas e utilizam a tecnologia para enganar de forma cada vez mais sofisticada. Nossa missão é cortar o elo da fraude antes que mais famílias sejam prejudicadas”, destacou.

O diretor da Delegacia Regional de Canoas acrescentou: “Estamos lidando com uma organização criminosa bem estruturada, com atuação em diversos estados, que operava com um alto nível de profissionalismo. Trata-se de um esquema que expõe claramente a habilidade dos criminosos de utilizar a tecnologia para sofisticar suas fraudes e ampliar os prejuízos causados à sociedade”.

O delegado Reschke orienta a população sobre ofertas que parecem boas demais para ser verdade. "Verifiquem minuciosamente as credenciais de qualquer site ou empresa que realize atividades de leilão, e procurem informações nos canais oficiais. Estamos empenhados em combater essa criminalidade de forma enérgica, mas a conscientização da sociedade é uma parte crucial para prevenir que novas vítimas sejam feitas", ratificou o delegado.

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