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RS: Polícia Civil indicia líderes de comunidade espiritual alvo da Operação Namastê em 2024

Os indiciamentos ocorreram por 12 crimes, entre eles tortura psicológica, curandeirismo e estelionato.
Foto: PCRS

Redação PIXTV (Site)

10 de outubro de 2025

atualizado às 10:56

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu o relatório parcial da primeira fase da Operação Namastê, apontando indícios robustos de crimes cometidos pelo líder de uma comunidade espiritual e seus dois filhos, localizada entre Viamão e Porto Alegre. A operação ocorreu no fim de 2024.

As investigações, iniciadas a partir de denúncias de ex-integrantes, revelaram práticas de tortura psicológica, exploração econômica, manipulação emocional e violência simbólica, disfarçadas como rituais espirituais e terapêuticos. De acordo com o inquérito, os adeptos eram submetidos a rituais coercitivos, isolamento social, humilhações públicas, trabalhos forçados, além de violência sexual mediante fraude e golpes financeiros.

Os líderes foram indiciados por associação criminosa, tortura psicológica, estelionato, redução à condição análoga à escravidão, curandeirismo, charlatanismo, crime contra a economia popular, violência sexual mediante fraude, exposição de crianças a constrangimento, falsificação de produto terapêutico, injúria racial e discriminação por orientação sexual.

Segundo a delegada Jeiselaure de Souza, responsável pelas investigações, os crimes incluíam captação de recursos de fiéis com falsas promessas de cura espiritual e prosperidade, uso de métodos terapêuticos não reconhecidos, isolamento social forçado, inclusive de menores, e atos que configuram tortura física e psicológica.

O inquérito também identificou pseudoterapias ilegais, como ozonioterapia retal, e rituais de “cura gay”, caracterizados como formas de tortura e discriminação. “O inquérito demonstra um padrão de manipulação psicológica e abuso de poder espiritual, no qual líderes exploravam emocional, sexual e financeiramente dezenas de pessoas vulneráveis, muitas com sequelas permanentes”, afirmou a delegada.

As provas apontam a atuação de um grupo organizado que desviou recursos estimados em milhões de reais por meio de cursos, imersões e “doações forçadas”, usados em bens pessoais, viagens e imóveis. Os desdobramentos da operação seguem sendo investigados pela 1.ª DP/Viamão.

A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a proteção dos direitos fundamentais, a dignidade humana e o combate a crimes que exploram a fé e a vulnerabilidade das vítimas.

Fotos da ação realizada no ano passado:

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