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Sequestro, cárcere e medicação forçada levam à interdição de comunidade terapêutica em Garopaba (SC)

Cinco funcionários foram presos em flagrante durante fiscalização realizada ontem (17).
Foto: MPSC

Redação PIXTV (Site)

18 de novembro de 2025

atualizado às 10:38

Uma comunidade terapêutica foi interditada parcialmente em Garopaba, no Sul de Santa Catarina, nesta segunda-feira (17). A medida foi tomada pelo Ministério Público do Estado (MPSC) após denúncias de sequestro, violência e uso forçado de medicamentos contra acolhidos que residiam no local. Cinco funcionários foram presos em flagrante por cárcere privado.

O Ministério Público chegou ao local após denúncias de que pacientes estavam sendo mantidos contra a vontade, sem respaldo legal para internação involuntária. "A fiscalização confirmou que os internos eram levados à força, em uma prática conhecida como “resgate”, e impedidos de sair até completarem um tempo médio de três meses", informou o órgão.

De acordo com o promotor de Justiça Guilherme Simas, que coordenou a ação, "nenhum deles possuía laudo médico que justificasse a permanência compulsória. O local só poderia receber internações voluntárias”.

Fiscalização

O MP informou que, durante a inspeção, os internos relataram episódios de violência física e psicológica, alimentação insuficiente, falta de higiene no preparo dos alimentos e uso de medicação forçada como forma de punição, o que os deixava inconscientes. 

“Os relatos de sequestro, violência e medicação forçada são gravíssimos e exigem resposta imediata do sistema de justiça e da rede de proteção”, afirmou o promotor. 

Ao todo, 35 pessoas estavam internadas na instituição, que cobrava entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais por paciente. Desses, 22 manifestaram desejo de sair e foram encaminhados à assistência social do município.

As autoridades também entraram em contato com os familiares para organizar o retorno dos pacientes às suas casas. Os que optaram por permanecer voluntariamente foram autorizados a ficar.

Os cinco funcionários presos foram encaminhados ao presídio e passarão por audiência de custódia.

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