Quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas em um ataque russo com drones que atingiu uma escola do Ensino Médio na região de Kiev nesta quarta-feira (22), anunciaram as autoridades ucranianas.
Os serviços de emergência anunciaram em um primeiro momento um balanço de três vítimas fatais no ataque ao sul da capital, mas a polícia anunciou poucas horas depois mais uma morte.
"A quarta vítima é um motorista de 40 anos. Ele não desceu ao abrigo durante o alerta de ataque aéreo", disse Andrii Nebytov, chefe de polícia da região de Kiev.
Um motorista de ambulância chamado ao local do ataque está entre os mortos, indicou o gabinete do procurador-geral da Ucrânia.
O ataque atingiu uma escola de Rzhyshchiv, cidade que fica 80 km ao sul de Kiev, de acordo com os serviços de emergência, que publicaram fotografias dos prédios danificados.
O ataque "destruiu parcialmente" duas residências estudantes do Ensino Médio e um edifício com salas de aula, segundo o ministério.
Também provocou um incêndio em uma área de 300 metros quadrados no centro de ensino, que foi controlado algumas horas depois.
A Força Aérea ucraniana afirmou que o ataque foi executado com 21 drones de fabricação iraniana, que decolaram da região russa de Briansk, dos quais 16 foram interceptados pelas baterias de defesa de Kiev.
"Cerca de 20 drones iranianos mortais, mais mísseis, numerosos bombardeios... e isso apenas em uma uma noite de terror russo contra a Ucrânia", afirmou o presidente do país, Volodimir Zelensky, no Twitter.
Também nesta quarta-feira, a Marinha da Rússia anunciou que impediu um ataque com drones contra o porto de Sebastopol, na península da Crimeia, anexada por Moscou.
"A Frota do Mar Negro impediu um ataque de drones contra Sebastopol", declarou o governador da cidade designado por Moscou, Mikhaiil Razvojayev. "Três aparelhos foram destruídos", acrescentou.
Razvojayev afirmou que a operação não provocou vítimas ou danos nos navios, mas que as explosões quebraram algumas janelas de edifícios próximos.
"A situação está sob controle", disse.
O ataque aconteceu menos de uma semana após a visita do presidente russo Vladimir Putin a esta península, anexada em 2014.
Na terça-feira, a Ucrânia anunciou a destruição de mísseis de cruzeiro russos em uma explosão na Crimeia, mas não assumiu a responsabilidade pela ação.