Na manhã desta quinta-feira (14), o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), com apoio da Subprocuradoria-Geral para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), deflagraram a Operação Stone, voltada ao combate a crimes contra a administração pública.
São cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Lages, São José do Cerrito e Itapema, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. A investigação apura corrupção ativa e passiva, envolvendo agentes políticos, servidores públicos e um empresário do setor de pavimentação asfáltica, com pactuação de vantagens indevidas.
Segundo o MPSC, os investigados mantinham contatos frequentes, inclusive encontros presenciais, e agentes públicos recebiam valores em espécie para garantir pagamentos à empresa contratada. O esquema envolve contratos firmados com a Prefeitura de Lages entre 2017 e 2024, totalizando cerca de R$ 80 milhões, referentes à gestão anterior. Durante a operação, uma arma foi apreendida e uma pessoa presa.
A Polícia Científica de Santa Catarina deu suporte técnico para preservação da cadeia de custódia das evidências. A investigação tramita em sigilo, e novas informações serão divulgadas assim que os autos se tornarem públicos.
Operação Stone
O nome da operação, Stone, faz referência ao Stone Matrix Asphalt (Matriz Pétrea Asfáltica), um tipo de revestimento asfáltico a quente, rico em ligante e concebido para otimizar o contato entre os agregados graúdos, segundo manual do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).