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Caso Isadora Viana: oficial de cartório é condenado sete anos após o crime, em Imbituba (SC)

Justiça condenou Paulo Odilon Xisto Filho a 12 anos de prisão e determinou a perda do cargo público.
Foto: MPSC

Redação PIXTV (Site)

5 de setembro de 2025

atualizado às 10:28

Após dois dias de julgamento e quase 30 horas de sessão, a Justiça de Santa Catarina condenou, na madrugada desta sexta-feira (5), o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho pelo assassinato da namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos. O crime aconteceu em Imbituba, no Sul do Estado, em 8 de maio de 2018.

O réu foi sentenciado a 12 anos de prisão, em regime inicial fechado, por homicídio qualificado com a qualificadora de feminicídio. Além da pena de reclusão, foi determinada a perda do cargo público dele.

O caso foi conduzido pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com atuação da Promotora Patricia Zanotto e do Promotor Geovani Werner Tramontin, integrante do Grupo de Atuação Especial do Tribunal do Júri (GEJURI). Segundo informações do órgão, os jurados consideraram que o crime foi cometido de forma intencional e brutal, afastando a tese da defesa de que a morte teria sido causada por overdose.

O crime

Conforme denúncia do MPSC, o crime aconteceu na manhã de 8 de maio de 2018, após uma noite de consumo de álcool e drogas. Por volta das 6h, Isadora ligou para a irmã do réu pedindo ajuda, relatando que ele passava mal. O pedido teria irritado o acusado, temendo que sua família descobrisse o uso de entorpecentes.

Cerca de 30 minutos depois, após a saída da irmã e do cunhado do local, o réu imobilizou Isadora e a agrediu fisicamente. A violência causou um trauma abdominal grave e a ruptura da veia cava, lesões que resultaram na morte da jovem. A perícia confirmou que as lesões não foram compatíveis com convulsões ou overdose, como sugerido inicialmente pela defesa.

Mesmo diante da gravidade da situação, o réu demorou para acionar o socorro. Somente entre 7h15 e 7h30 ele fez duas ligações para um amigo médico, relatando que a namorada convulsionava. O Samu só foi acionado depois disso. Quando os socorristas chegaram, Isadora estava inconsciente e sem sinais de convulsão.

Encaminhada ao hospital, a jovem não resistiu. O médico responsável desconfiou da versão apresentada pelo acusado e acionou a Polícia Civil, dando início às investigações.

Testemunhos e comoção

Durante o julgamento, amigas de Isadora relataram que a jovem demonstrava medo do comportamento do réu, principalmente quando ele fazia uso excessivo de álcool e drogas. Delegados e peritos também foram ouvidos, detalhando os elementos que comprovaram a autoria do crime.

A sessão foi marcada pela comoção. Familiares, amigos da vítima e moradores da cidade lotaram o salão do júri. Ao fim do julgamento, o réu teve negado o direito de recorrer em liberdade e foi imediatamente encaminhado ao presídio.

Voz da família

Mariana Viana Costa, irmã gêmea de Isadora, falou da dor da perda. “A Isadora era a minha melhor amiga e eu nunca mais vou poder ter ela na minha vida. Isso é o que a gente lembra todos os dias. Uma dor que vai ficar para sempre”.

O pai, Rogério Froner Costa, falou sobre o alívio parcial com a condenação: “Contente eu não vou estar, mas com a consciência aliviada, o coração um pouco mais leve pra nós tentarmos recomeçar a nossa vida”.

Já a mãe, Cibelle Viana Costa, agradeceu a atuação do Ministério Público: “Minha dor nunca mais vai embora, vou ter que conviver com essa falta da minha filha, mas o nome e a história dela foram honrados”.

Com informações do MPSC

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