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Esquema milionário de contrabando de grãos é desarticulado no RS

Segundo Polícia Federal, grupo criminoso é suspeito de movimentar R$ 209 milhões com o contrabando de grãos no Estado.
Ação conjunta reprime o contrabando e a comercialização de milhares de toneladas de soja na região Noroeste do RS. | Foto: Polícia Federal/Divulgação

Redação PIXTV (Site)

24 de setembro de 2024

atualizado às 11:13

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (24), em ação conjunta com a Receita Estadual do Rio Grande do Sul, a fase ostensiva da Operação Tebas. A corporação informou que a ofensiva visa desarticular uma associação criminosa responsável por um esquema milionário de contrabando de grãos, especialmente soja e milho, trazidos da Argentina para o Brasil, por meio de portos clandestinos localizados às margens do Rio Uruguai, na região Noroeste do Estado.

A Ação mobilizou 54 policiais federais e 14 auditores-fiscais da Receita Estadual. Os mandados são cumpridos em Crissiumal, Tiradentes do Sul, ambas cidades gaúchas que ficam na fronteira com a Argentina, e em Curitiba, no Paraná. 

Também estão sendo executadas medidas de bloqueio de contas bancárias, vinculadas às pessoas físicas e jurídicas, com valores de mais de R$ 80 milhões, bem como o sequestro e o arresto de dezenas de automóveis e imóveis, além de indisponibilidade de criptoativos.

Investigação

As investigações, que se iniciaram no ano de 2021, apuram associação criminosa dedicada ao contrabando de grãos e lavagem de capitais com a criação de dezenas de empresas de fachada, as quais eram utilizadas, segundo a polícia, para emissão de notas fiscais inidôneas como mecanismo para conferir ares de legalidade à mercadoria internalizada de forma ilegal no território brasileiro.

"Assim, amparada por essa documentação fraudulenta, a carga era transportada dos portos clandestinos às empresas destinatárias que, posteriormente, fazia sua distribuição pelo Estado. Há indícios que este consórcio criminoso foi responsável pela emissão de notas fiscais com valor superior a R$ 209 milhões", disse a PF.

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