Um homem acusado de matar a ex-esposa a facadas em 2024 foi condenado a 41 anos e dois meses de prisão, em regime inicial fechado, após julgamento do Tribunal do Júri realizado nesta terça-feira (9) em Criciúma, no Sul de Santa Catarina.
Crime
Segundo denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o feminicídio ocorreu em 12 de outubro do ano passado, uma semana após o fim do relacionamento. A vítima havia saído de casa naquela tarde para conversar com o réu, com quem manteve uma união de 22 anos e teve quatro filhos.
"No dia do crime, o réu pediu para conversar com a ex-companheira e, após uma discussão na qual a vítima supostamente teria confessado uma traição, ele passou a esfaqueá-la, em um local ermo na cidade de Criciúma, atingindo-a com ao menos 31 facadas. Após o crime o homem fugiu", informou o órgão.
Sentença
Em plenário, os jurados acolheram a tese do Ministério Público, representado pela promotora de Justiça Simone Rodrigues da Rosa, reconhecendo o emprego de meio cruel — já que a vítima foi atingida por dezenas de facadas, muitas delas na nuca e no pescoço, o que lhe causou intenso sofrimento.
Os jurados também aceitaram a causa de aumento pelo recurso que dificultou a defesa da vítima, pois o réu agiu de forma dissimulada ao chamar a ex-companheira para conversar e, em seguida, atacá-la de forma repentina. O juiz-presidente do júri ainda aplicou a agravante de motivo torpe, uma vez que o crime foi motivado por ciúmes e pela não aceitação do término, além da suposta traição mencionada pelo acusado.
Além da pena de prisão, o magistrado determinou que o réu pague R$ 30 mil em indenização por danos morais aos herdeiros da vítima.






