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ONU quer sistemas de alerta para catástrofes climáticas em todo o mundo

Redação PIXTV (Digital)

24 de março de 2023

atualizado às 15:11

Enchentes, secas, derretimento de geleiras. A multiplicação de desastres naturais ligados à água é inevitável, mas sistemas de alerta adequados para prevenir as pessoas mais isoladas podem limitar o número de vítimas e os danos.

Há um ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu uma meta ambiciosa de que até 2027 todas as pessoas do planeta fossem alertadas para a iminência de uma catástrofe climática, um programa orçado em 3,1 bilhões de dólares (cerca de R$ 16,3 bilhões no câmbio atual).

"Mostramos que quando você investe nesses serviços, recebe pelo menos dez vezes o dinheiro de volta", disse Petteri Taalas, diretor da Organização Meteorológica Mundial (OMM), que prometeu na Conferência da Água acelerar o início desse projeto, começando com desastres relacionados à água. Esses serviços estão presentes apenas "na metade" dos países do mundo.

As enchentes e secas representam 75% das catástrofes climáticas, que se multiplicarão devido ao aquecimento global.

O princípio dos sistemas de alerta parece simples: avaliação do risco com base na coleta sistemática de dados, detecção graças a modelos de previsão do tempo, preparação prévia da população e prevenção do perigo para que adapte o seu comportamento.

Segundo especialistas, esse método funciona. Apesar das "inundações sem precedentes" causadas pelo recente ciclone Freddy em Moçambique, Malawi e Madagascar, "os alertas precoces adequados combinados com o gerenciamento de desastres no terreno permitiram que o número de vítimas fosse limitado", disse Taalas.

Mas cada estágio e cada potencial catástrofe apresenta seus próprios desafios. Os climatologistas destacam a dificuldade de criar modelos climáticos confiáveis em muitas partes do planeta onde os dados meteorológicos são escassos ou mesmo inexistentes.

No final do processo, informar e preparar 100% da população é fundamental.

"Alcançar os pobres, o último quilômetro, e fazer com que ajam e se preparem é um grande desafio", disse Stefan Uhlenbrook, diretor de água da OMM.

É nesse momento que a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICR), parceira da OMM no terreno, geralmente entra em ação.

Para seu secretário-geral, Jagan Chapagain, Bangladesh é o modelo a seguir. Há décadas, o país constrói abrigos resistentes a ciclones e envia alertas aos moradores mais distantes, "de bicicleta" se necessário, disse.

Mas no caso de falta de água, nada disso serve. "As secas são outra escala de tempo", estimou Stefan Uhlenbrook, embora os agricultores possam antecipá-las.

É necessário que em alguns países seja possível mudar de safra no último momento para sobreviver. E ser prevenido a tempo.

"Os avanços na ciência climática permitem que as previsões sejam antecipadas em várias semanas, vários meses", disse Sarah Kapnick, da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), que planeja implantar estações meteorológicas realizadas com impressoras 3D em todo o mundo.

"Nos países em desenvolvimento com economias dependentes da agricultura, os sistemas de alerta precoce baseados em previsões sazonais são essenciais para o planejamento da segurança alimentar", acrescentou.

 

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