A Polícia Civil do Rio Grande do Sul participou da 3ª edição da Operação Renorcrim, que mobilizou forças policiais de todo o país entre os dias 24 de novembro e 5 de dezembro para o combate às organizações criminosas. As ações ocorreram de forma simultânea em todos os estados, sob coordenação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
No Rio Grande do Sul, a atuação foi conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que deflagrou duas operações conjuntas: Operação Dívida Ativa II e Operação Crimes ABC. As ações tiveram como foco o cumprimento de diversas medidas cautelares contra integrantes de uma célula da maior organização criminosa em atividade no Estado.
Segundo o diretor do Deic, delegado João Paulo de Abreu, as operações impactaram diretamente a estrutura financeira e operacional do grupo investigado. “As medidas interromperam fluxos de recursos ilícitos e restringiram a movimentação patrimonial da organização”, afirmou.
Além das operações conduzidas pelo Deic, também foram realizadas ações pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Xangri-lá e por outras delegacias especializadas do departamento.



Resultados nacionais
Em nível nacional, a Operação Renorcrim apresentou resultados considerados expressivos pelas autoridades. Ao todo, foram realizadas 603 prisões, além da apreensão de 202 armas de fogo, incluindo oito fuzis, e 14.139 munições. Cerca de cinco toneladas de drogas foram retiradas de circulação.
Também foram apreendidos 387 veículos e 21.041 bens, somando mais de R$ 79 milhões. A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 838 milhões, sendo R$ 196 milhões já efetivamente bloqueados, o que representa um prejuízo estimado de R$ 355 milhões às organizações criminosas.
De acordo com a Senasp, a integração entre as polícias civis dos estados e do Distrito Federal foi fundamental para atingir diretamente o núcleo financeiro e operacional do crime organizado em todo o país.






