O Porto Alegre em Cena – Festival Internacional de Artes Cênicas divulgou a lista de 11 espetáculos locais selecionados para integrar a programação da 32ª edição do evento, que ocorre entre os dias 12 e 21 de setembro, em diversos palcos e espaços culturais da capital gaúcha.
Após o encerramento do período de inscrições — de 1º a 15 de julho —, o festival recebeu 153 propostas de produções gaúchas inéditas na mostra. A seleção foi feita por uma curadoria formada por Adriana Jorgge (UFRGS), Angela Spiazzi, Igor Ramos e Rodrigo Marquez (Sated-RS), que levaram em conta critérios como ineditismo e qualidade artística.
Realizado pela Prefeitura de Porto Alegre, o evento reafirma seu compromisso com o fortalecimento da cena cultural do Rio Grande do Sul, valorizando produções de teatro, dança, circo e performance criadas no Estado.
Espetáculos selecionados:
A Canção De Assis – Cia De Teatro Menino Tambor
Uma trupe de atores mambembe invade o espaço cênico para contar de forma musical uma história de amizade entre uma menina, um burrinho e Francisco de Assis na Itália do século XVIII.
A Mulher Que Virou Bode - A História Perdida De Jurema Finamour – Rakurs
O que levaria uma mulher a se transformar em bode? Essa pergunta revela o cancelamento histórico da escritora e repórter Jurema Finamour, uma mulher notável, influente no jornalismo brasileiro e na elite intelectual das décadas de 1940 a 1960. O espetáculo A Mulher que Virou Bode explora sua história real, trazendo ao público uma trajetória que merece ser redescoberta.
As Aventuras do Fusca À Vela – Grupo Ueba
Espetáculo divertido e sensível apresentado em praças, parques, ruas ou espaços alternativos. Trata-se de uma obra com forte inspiração nas aventuras de Moby Dick, do norte-americano Herman Melville.
Cabaré Do Tempo - Pra Lembrar Do Futuro – Cia Rústica
Espetáculo cênico-musical que visita diversos tempos da nossa vida e do mundo: o tempo do relógio, tempo de luta, tempo da ciência, tempo de amor, tempo de luto, tempo de festa. Em uma narrativa que mistura teatro, dança e show musical, a montagem celebra memórias e desejos de futuro, costurando clássicos do repertório da MPB com canções autorais, música e texto, poesia e pandeiro.
Choque – Cia Municipal De Dança De Caxias Do Sul
O encontro de dois corpos em movimento, o violento embate de forças, o conflito que gera um abalo emocional e a sensação visceral provocada por uma carga elétrica. Choque é um estado de perfusão. Criada em 1998, a coreografia de Mário Nascimento impulsionou uma nova linguagem para a companhia de dança. Em celebração à trajetória de 27 anos da cia, Choque ganha uma remontagem que dialoga com sua memória coreográfica, agora reinterpretada por novos corpos e imersa em um contexto artístico contemporâneo, alinhada às tendências da atualidade.
Corpo Casulo – Coletivo Intransitivo
Um corpo inicia um processo de metamorfose - tece seu próprio casulo e se desprende do que não lhe cabe mais. Refaz-se e redescobre-se. Um corpo contador de histórias; histórias de quem veio antes, de si e de muitos outros, entrelaçadas pela vivência da transgeneridade.
Espaço Arcabouço – Gabriel Martins
Espaço Arcabouço é um espetáculo de circo contemporâneo que tensiona convenções estéticas e dramatúrgicas do circo tradicional. Distante das imagens cristalizadas da espetacularização e do risco, propõe um campo de experimentação poética em diálogo com a dança e a performance.
O Choro Dos Deuses – Coletivo Teatro Da Crueldade
Espetáculo inovador de Teatro de Rua, com experimentações de linguagem do Coletivo Teatro da Crueldade, criado no contexto das enchentes do RS para reelaborar lutos e promover o acolhimento, com orientação da psicanalista Dinara Schubert Severo da Ufrgs e da APPOA.
O Espantalho – Dalle Produções
O Espantalho é um monólogo que coloca Werner Schünemann no centro do palco e tem Bob Bahlis na direção. O espetáculo é uma grande jornada sentimental em meio a escolhas difíceis que envolvem pais e filhos.
Preta Poesia Feminina – Silvia D’arte Produções
Traz a atriz Silvia Duarte como protagonista em uma homenagem a cinco escritoras negras gaúchas: Ana dos Santos, Delma Gonçalves, Isabete Fagundes Almeida, Fátima Farias e Lilian Rocha. Com direção de produção da obra teatral de Túlio Quevedo e direção cênica da diretora teatral Silvana Rodrigues, a montagem busca desmistificar o fazer poético como literatura falada.
Travessia – Cia Stravaganza / Cia Megamini
Travessia parte de uma experiência vivida pela atriz - o diagnóstico de um tumor maligno - e propõe um mergulho sensível em temas como fragilidade, reinvenção e persistência. Em cena, lembranças e questionamentos ganham corpo, entre a dor e o riso, o cotidiano e o simbólico.
Com informações da PMPA