A Polícia Civil, em conjunto com a Brigada Militar, deflagrou na manhã desta quinta-feira (13) a Operação Ícaro, no combate a crimes de homicídio em Porto Alegre. Foram cumpridos 42 mandados judiciais, sendo 11 de prisão e 31 de busca e apreensão. 15 pessoas foram presas, 10 preventivas e cinco em flagrante, e uma arma e drogas foram apreendidas.
O objetivo da operação, planejada dentro das diretrizes do protocolo estadual de enfrentamento aos homicídios, é responsabilizar mandante, articuladores, intermediários e executores de uma organização criminosa ligada a um triplo homicídio registrado em 5 de junho de 2025, no bairro Costa e Silva, que também deixou uma outra pessoa ferida.
Na ocasião, quatro homens foram até um bar e uma pastelaria, situados na Rua Geraldina Batista e efetuaram vários disparos de arma de fogo contra populares, colocando em risco diversas pessoas que estavam nos estabelecimentos e na rua.
Segundo o delegado Thiago Zaidan, as investigações duraram pouco mais de cinco meses e mostraram que pelo menos duas das vítimas fatais não tinham relação com o tráfico, apesar de residirem em área de domínio de grupo criminoso rival.
O mandante do crime ordenou a ação de dentro de um estabelecimento prisional, e os executores incluíam um indivíduo que foi assassinado sete dias após o ataque, por sua ambição em se integrar a um novo grupo criminoso. “Ícaro é um personagem da mitologia grega que morreu por sua ambição, e o nome da operação faz referência a esse executor que, buscando ascensão, planejou o triplo homicídio e acabou morto dias depois”, explicou Zaidan.
O Diretor do DHPP, delegado Mario Souza, destacou a importância da ofensiva: “A Operação Ícaro concretiza a 5ª medida do Protocolo das Sete Medidas de Enfrentamento aos Homicídios, visando responsabilizar toda a organização criminosa, seus executores e líderes.”
A ação contou com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento de Aviação da Polícia Civil, que utilizou helicóptero para reforçar a operação.












