O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (24), a operação Travessia, que investiga crimes de organização criminosa, corrupção e fraudes em licitações em um município do Litoral Norte catarinense.
A ação, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Grupo Especial Anticorrupção (Geac), cumpre oito mandados de prisão e 22 de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça (TJSC). Os alvos da investigação são das cidades de Barra Velha e Joinville, no Norte do Estado.
As investigações, que tiveram início em fevereiro de 2023, apontam supostos crimes de corrupção, com participação de agentes públicos e empresários, na execução de obras públicas.
Em contrapartida, é investigado o recebimento pelos agentes públicos de vantagens indevidas dos empresários contratados, às custas de aditivos em série e medições supervalorizadas.
A operação contou com o apoio da Polícia Científica. Os presos serão encaminhados ao Juízo para realização de audiência de custódia. A investigação ainda corre em segredo de justiça, por determinação legal.
Prisões do prefeito e secretários de Barra Velha
O prefeito de Barra Velha, Douglas Elias da Costa (PL), e mais dois secretários municipais estão entre os presos da operação Travessia. As prisões acontecem em meio a investigação de suspeita de desvio de recursos públicos para a construção de uma ponte na cidade.
Os investigados aguardam as audiências de custódia das prisões preventivas no Fórum de Barra Velha. Segundo apurado pelo colunista Ânderson Silva, do NSC Total, os secretários presos são Mauro Silva, de Administração e Finanças, e Élvis Fuchter, de Planejamento.