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Quadrilha gaúcha que extorquiu empresário do MT em mais de R$ 2 milhões é desarticulada

Operação Phantom cumpriu mandados no RS, MT e SC. 12 pessoas foram presas.
Foto: PCRS/Divulgação

Redação PIXTV (Site)

13 de março de 2025

atualizado às 13:32

Na manhã desta quinta-feira (13), as Polícias Civis do Rio Grande do Sul e Mato Grosso deflagraram a Operação Phantom para desarticular uma organização criminosa especializada em extorsões. A ação resultou no cumprimento de 13 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão em Bento Gonçalves (RS), Caxias do Sul (RS), Guaporé (RS) e Itajaí (SC). Até o momento, 12 suspeitos foram presos.

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A operação contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e de diversas unidades da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Polícia Penal gaúcha.

O esquema criminoso

As investigações foram iniciadas ainda em 2021. Segundo a corporação, a quadrilha atuava se passando por policiais e parentes de supostas vítimas para extorquir empresários. Utilizando perfis falsos em redes sociais, os criminosos se aproximavam das vítimas por meio de engenharia social 9 (tática utilizada por cibercriminosos para convencer usuários descuidados a encaminhar conteúdos sigilosos, contaminar seus computadores com malware ou abrir links para sites maléficos).

O golpe iniciava com uma jovem atraente fazendo contato e trocando mensagens e fotos íntimas. Em seguida, outro integrante da quadrilha assumia o papel de policial ou parente da suposta menor de idade, acusando a vítima de pedofilia e exigindo dinheiro para evitar denúncias falsas ou a exposição de imagens.

O caso que motivou a operação envolveu um empresário de Cuiabá (MT), coagido a transferir mais de R$ 2 milhões sob ameaça de ter seu nome envolvido em investigações falsas. Com base nas provas reunidas, a Justiça determinou a prisão dos suspeitos, além do bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens móveis e imóveis.

Ligações com o tráfico de drogas

De acordo com o delegado João Vitor Herédia, da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, os presos também possuíam fortes vínculos com o tráfico de drogas na Serra Gaúcha. “Identificamos que os investigados mantêm conexões com lideranças do tráfico em Bento Gonçalves e outras organizações criminosas da região. Isso exigiu um planejamento operacional detalhado, com apoio da CORE e da Polícia Penal para cumprimento de ordens judiciais em presídios”, explicou.

Já o delegado Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, da Polícia Civil de Mato Grosso, destacou a importância da operação: “A Operação Phantom representa um marco no combate a organizações criminosas que usam intimidação e identidade policial falsa para extorquir cidadãos. O sucesso desta ação reflete o compromisso das forças de segurança no enfrentamento ao crime organizado.”

A Polícia Civil reforça a importância de vítimas de extorsão ou fraudes denunciarem imediatamente para que os responsáveis sejam identificados e punidos.

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