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Santa Catarina celebra um ano do registro da primeira “carne na lata” inspecionada pelo Estado

Agroindústria familiar de Xanxerê obteve selo de inspeção estadual para iguaria típica do interior catarinense.
Fotos: Guilherme Bento/SecomGOVSC

Redação PIXTV (Site)

14 de maio de 2025

atualizado às 10:53

Há cerca de um ano, Santa Catarina deu um passo importante na preservação e valorização de suas tradições alimentares ao oficializar o registro da “carne na lata” – iguaria típica do interior do Estado, cuja origem remonta a tempos anteriores à popularização das geladeiras. O produto foi reconhecido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), por meio do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), reforçando o compromisso com a cultura, a segurança alimentar e o fortalecimento da agroindústria familiar.

O pioneirismo coube à agroindústria Carnes Arvoredo Ltda., sediada em Xanxerê, no Oeste catarinense. Registrada sob o número SIE 416, a empresa foi a primeira a obter autorização oficial para comercializar a tradicional carne suína temperada, cozida e conservada em gordura — agora com garantia sanitária e respaldo técnico. O processo contou com a análise da Coordenação de Produtos Cárneos da Cidasc.

Roberto Carlos Meneguzzi, sócio da Carnes Arvoredo, destacou o orgulho de ver o produto da infância reconhecido oficialmente. “Este produto faz parte da nossa história. Quando criança, a ‘carne na lata’ era sempre servida em casa. Resgatá-la é uma forma de homenagear meus pais e levar ao consumidor um sabor que remete à infância, com praticidade e qualidade”, disse.

Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, o reconhecimento da iguaria vai além da legalização sanitária. “Ao garantir que produtos como a ‘carne na lata’ cheguem ao consumidor com qualidade e segurança, fortalecemos não apenas a economia local, mas também a identidade cultural do nosso Estado”, destacou.

Tradição, sabor e conservação ancestral

A “carne na lata” é preparada com pernil suíno desossado, que é cozido lentamente em sua própria gordura até atingir o ponto ideal. Em seguida, a carne é colocada em latas metálicas e coberta com a gordura quente, formando uma barreira natural contra microrganismos e dispensando refrigeração. A técnica é similar ao confit, método francês tradicional, e garante sabor intenso e longa durabilidade ao produto.

No Brasil, essa forma de conservação se popularizou nas zonas rurais, especialmente em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, sendo usada por gerações como solução prática para o armazenamento de alimentos em tempos sem eletricidade.

Registros históricos mostram que a prática foi trazida por colonizadores europeus, mas há também indícios de que técnicas semelhantes já existiam entre povos indígenas, como a mixira, tradicional da Amazônia, que utiliza gordura como agente conservante.

Atenção ao selo de inspeção

Para garantir a segurança alimentar, é essencial que o consumidor verifique se produtos de origem animal possuem o Selo de Inspeção — que pode ser emitido em nível municipal (SIM), estadual (SIE) ou federal (SIF). Esse selo assegura que o alimento passou por rigorosa inspeção sanitária e atende às normas da legislação vigente, oferecendo qualidade, procedência e segurança ao consumidor final.

Com informações da Cidasc

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