P U B L I C I D A D E

STF julga se testemunhas de Jeová podem negar transfusão de sangue no SUS

Ontem (8), ministros ouviram sustentações das partes envolvidas.
STF decidirá se testemunha de Jeová pode recusar transfusão de sangue. | Foto: Nayana Magalhães/ Gov. Amapá

Redação PIXTV (Site)

9 de agosto de 2024

atualizado às 13:31

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar nesta quinta-feira (8) se as testemunhas de Jeová podem recusar transfusão de sangue em tratamentos realizados pelo Sistema Único da Saúde (SUS). A Corte também decidirá se o Estado deve custear tratamento alternativo que não utilize a transfusão de sangue. Por razões religiosas, as testemunhas não realizam o procedimento.

Dois recursos protocolados na Corte motivam o julgamento da questão. O primeiro envolve o caso de uma mulher que se recusou a conceder autorização para transfusão de sangue durante cirurgia cardíaca na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Diante da negativa, o hospital não realizou o procedimento.

No segundo caso, um homem, que também faz parte do grupo religioso, pediu que a Justiça determine ao SUS o custeio de uma cirurgia ortopédica que não realiza a transfusão, além do pagamento dos gastos com o tratamento.

Segundo a advogada Eliza Gomes Morais Akiyama, representante da mulher que recusou a transfusão, as testemunhas de Jeová passam dificuldades para manter sua saúde. Eliza também defendeu que o Estado deve oferecer tratamentos sem o uso de transfusão de sangue.

"A recusa não é um capricho. Recusar transfusão de sangue está estritamente ligado ao exercício da dignidade pessoal e para viver poder em paz com ela mesma e com o Deus que ela tanta ama, Jeová. Será que essa recusa é um ato de extremismo, de fanatismo religioso ou será que o avanço da medicina e do direito tem apontado que é razoável e legitimo um paciente fazer essa escolha em razão de suas convicções religiosas?", questionou.

O defensor público Péricles Batista da Silva defendeu a implantação de um protocolo para atendimento das testemunhas de Jeová e disse que a escolha de não passar pela transfusão deve ser respeitada quando médicos tiverem conhecimento da condição. "Não há como obrigar um paciente adulto e capaz a receber um tratamento médico."

Para o advogado Henderson Furst, representante da Sociedade Brasileira de Bioética, a autonomia dos pacientes deve ser respeitada pelos médicos, contudo ele apontou que há insegurança jurídica para os profissionais de saúde.

"Trata-se de observar um entendimento mais amplo. Como registrar essa autonomia? Um testamento será suficiente? Preciso registrar no cartório ou não?", questionou.

Na sessão de hoje, os ministros ouviram as sustentações das partes envolvidas no processo. Os votos serão proferidos no julgamento da causa, que ainda não tem data definida.

Fonte: Agência Brasil

VEJA TAMBÉM:

img_20EA7BD42F7B51D947935D6CC0C7CC690ED1
Instituto Imas assume gestão do Pronto Atendimento de Garopaba e abre vagas em diversas áreas
JULIO RENY 01 musico
Caso Julio Reny: vaquinha para tratamento do músico gaúcho espancado supera R$ 119 mil
modelo siteYT
BackStage: relembre a edição do programa da PIXTV com o ícone do rock gaúcho Julio Reny
segurar-o-aparelho-ou-teclar-no-celular-
Motociclista é flagrado utilizando celular enquanto dirige e acaba preso por tráfico em Garopaba
modelo siteYT (2)
SC: preso suspeito de executar homem com mais de 30 tiros no bairro Penha, em Paulo Lopes
P U B L I C I D A D E
P U B L I C I D A D E
P U B L I C I D A D E