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Tem início o júri do oficial de cartório acusado de matar a namorada em Imbituba (SC)

Crime aconteceu em 8 de maio de 2018.
Modelo gaúcha Isadora Viana Costa, morta aos 22 anos em Santa Catarina. | Foto: Reprodução

Redação PIXTV (Site)

3 de setembro de 2025

atualizado às 09:49

Começou nesta manhã de quarta-feira (3) o júri popular do oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a namorada e modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos. O crime aconteceu em Imbituba, no Sul de Santa Catarina, em 8 de maio de 2018, e o julgamento poderá se estender até a sexta (5).

O Ministério Público (MP) sustenta que o homem matou a jovem com golpes abdominais após ela ter revelado à irmã do réu que ele fazia uso excessivo de drogas e bebidas alcoólicas. O acusado chegou a ser preso duas vezes, em 2018 e 2019, mas responde em liberdade.

O júri teve início por volta das 8h30, no Fórum da Comarca de Imbituba.

Xisto Filho é acusado de homicídio triplamente qualificado, com as qualificadoras por motivo fútil, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, ele responde por fraude processual e por posse ilegal de acessório de uso restrito para arma de fogo.

Em nota, a advogada da família da vítima, Daniela Felix, afirmou que a morte da jovem despedaçou os seus parentes e destacou serem mais de 7 anos de espera para o júri. Já a defesa do homem, feita pelos advogados Aury Lopes Jr. e Ércio Quaresma, nega o crime e afirma que a jovem sofreu overdose.

Como os dois se conheceram e crime

Conforme o MP, o acusado conheceu Isadora em Santa Maria (RS), onde ela nasceu, em março de 2018, quando começaram a namorar. Em 22 de abril de 2018, a jovem aceitou o convite para passar uns dias no apartamento do namorado, em Imbituba.

Dias após chegar em Santa Catarina, o homem teria passado mal e a modelo chamou a família dele. Logo após a irmã sair, o réu teria então atacado a vítima. Ele teria imobilizado a vítima e desferido diversos golpes, que resultaram na morte dela, conforme laudo cadavérico.

"O exame do médico legista apontou lesões traumáticas graves, descritas no laudo, compatíveis com múltiplos chutes, socos e joelhadas e absolutamente incompatíveis com a tese da defesa. O laudo aponta que não há como falar em overdose como causa da morte, motivação alegada pelo réu", disse o MP.

O que diz a defesa da família da jovem

Isadora Viana Costa foi morta em 08.05.2018, na Casa do então namorado. A causa? Segundo o próprio legista, reiterado uso da força. Uma morte violenta, num espaço privado, onde só os 2 estavam. Caso clássico de Feminicídio, que a voz da vítima não pode mais ser ouvida. No outro lado, um homem branco e rico, que não poupou recursos na sua defesa. São mais de 7 anos de espera para o júri popular.

Uma família foi despedaçada. A Isadora é mais uma vítima do patriarcado, do machismo e da misoginia, que só em Santa Catarina, de janeiro a julho de 2025 já vitimou 26 mulheres, pelos dados da SSPSC. A luta é pela Isadora, mas também é contra a violência doméstica e de gênero de todas as mulheres, que muitas vezes também são vítimas do judiciário.

O que disse a defesa do homem

A defesa de Paulo Xisto, patrocinada pelos escritórios Aury Lopes Jr. e Ércio Quaresma, vem esclarecer que não foi contra a transmissão da sessão do juri que ocorrerá no dia 03 de setembro, pelo contrário. A defesa fez um pedido expresso e fundamentado à juíza da vara de Imbituba, requerendo fossem os trabalhos do plenário do juri transmitidos ao vivo pelo canal oficial do TJSC, como já aconteceu e tem acontecido em outros casos. A defesa acredita que a transmissão à população colocará fim a uma narrativa e mostrará sem sombra de dúvidas que Isadora não foi assassinada, mas infelizmente sofreu uma overdose.

Fonte: G1

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