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Morte de turista austríaco em praia de Florianópolis foi acidental, diz polícia

A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (5), o inquérito sobre a morte do turista que ficou desaparecido por 10 dias. Veja detalhes da investigação.

Redação PIXTV (Digital)

5 de dezembro de 2023

atualizado às 11:16

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu, nesta segunda-feira (5), as investigações sobre o desaparecimento do turista austríaco Michael Lichtenegger, de 40 anos, na Praia da Joaquina, em Florianópolis. O turista sumiu em 19 de outubro, e o corpo dele foi encontrado 10 dias depois, na ilha Moleques do Sul, no Sul da cidade. O Inquérito policial apontou morte acidental por afogamento.

Segundo o delegado Renan Scandolara, a investigação apontou, ainda, que o turista deixou os objetos pessoais em uma mochila e entrou no mar.

"O Turista havia ingerido bebida alcoólica e o mar encontrava-se bastante agitado e com correntes marítimas significativas, sinalizado com bandeira vermelha. Não havia ninguém junto ao turista, o que indica que ele ingressou sozinho no mar. A falta de retorno do turista à praia para buscar seus pertences é elemento que reforça, por fim, a morte acidental por afogamento do estrangeiro", afirma.

Além disso, os investigadores constataram que não havia sinais de violência no corpo da vítima. Para o delegado, isso se alinha com a ausência de indícios de violência ou ameaça contra o turista.

“Todos os pertences da vítima foram localizados na praia, na forma que ele possivelmente os havia deixado (sem indicativos de latrocínio); não há histórico de conversas em aplicativos de relacionamento que permitam indicar que turista estivesse em risco; e não há elementos de comportamento autodestrutivo da vítima,” explicou.

Além das polícias Civil e Militar, e do Corpo de Bombeiros, a investigação contou com o apoio das autoridades austríacas e paraguaias. A Marinha do Brasil, Epagri, Defesa Civil, Polícia Federal e o Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF) também auxiliaram nas investigações.

O caso

Conforme a polícia, o turista austríaco realizava uma viagem pela América do Sul. Com passagens por diversos países do mundo, ele trabalhava como nômade digital e viajaria para São Paulo no dia seguinte ao registro de desaparecimento, em 20 de outubro.

A investigação

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR), pediu a quebra de sigilo de dados de aplicativos de encontros, redes sociais e contas em nuvem pertencentes ao austríaco. Ao mesmo tempo, as buscas pelo turista seguiam por terra, mar e ar, próximo ao local onde ele foi visto pela última vez. Em paralelo, testemunhas foram identificadas, assim como trajetos e elementos que pudessem confirmar o paradeiro de Michael, como imagens de câmeras de segurança de comércios e casas.

A mochila dele foi encontrada na praia da Joaquina, sob um deque de madeira. Nela, foram encontrados pertences de Michael, inclusive o celular dele, já sem carga, documentos paraguaios em seu nome, cartões de crédito e roupas.

Fotos na nuvem demonstraram que, na data do desaparecimento, o austríaco estava sozinho, e fez fotos e vídeos na praia da Joaquina, inclusive no local próximo a onde a mochila foi achada.

Testemunhas relataram que o turista continuava a receber mensagens até a manhã do dia 20 de outubro, o que poderia evidenciar que ainda estivesse vivo após seu desaparecimento no dia anterior. No entanto, conforme a conclusão apresentada pelo delegado Renan Scandolara, o telefone dele se manteve conectado à internet de um restaurante próximo até descarregar.

Identificação

Em 29 de outubro, 10 dias após o desaparecimento, o corpo de Michael foi encontrado no mar próximo à ilha Moleques do Sul. O corpo estava em avançado estado de decomposição, não sendo possível verificar sua identidade.

No entanto, indícios indicavam que se tratava do turista, já que, segundo a Polícia Civil, não havia outras denúncias de pessoas desaparecidas em mar com as características do estrangeiro.

Foram acionados, então, autoridades da Áustria no Brasil, bem como a Polícia Nacional do Paraguai e a Polícia Austríaca, a fim de se obter documentos e prontuários que permitissem a identificação do cadáver. Impressões digitais e documentos odontológicos do austríaco foram enviados da Áustria e analisados, o que permitiu identificar o corpo, com segurança, como sendo do turista austríaco.

Vinda de familiares ao Brasil

O corpo do homem foi liberado após a família do estrangeiro viajar até o Brasil. Durante o processo de repatriação, os familiares foram assistidos pela Delegacia de Proteção ao Turista (DPTUR), que prestou auxílio na liberação do cadáver, elaboração de documentos relativos ao óbito e entrega dos objetos pessoais da vítima.

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